Publicada em 28/12/2021 às 16h01
A acusação foi manifestada por Zaher Jabarin, membro do gabinete político do Hamas, que disse que o líder israelita está a tentar "contornar o acordo e brincar com o fator tempo".
"A ocupação israelita e o seu primeiro-ministro não podem quebrar a nossa vontade e a nossa resistência", acrescentou, sublinhando que "tal como o acordo anterior foi alcançado em 2011, o Hamas alcançará, se Deus quiser, um novo acordo".
As negociações, indiretas e mediadas pelo Egito, decorrem há vários anos e, embora em várias ocasiões tenham sido anunciados supostos avanços ou aproximações a um acordo, ainda não houve resultados.
O Hamas mantém em cativeiro dois civis israelitas que se acredita estarem vivos e os corpos de dois soldados, que morreram em Gaza na guerra de 2014.
As campanhas para a libertação dos dois civis e dos corpos dos dois soldados ganharam força em Israel nos últimos anos e os líderes políticos disseram que iriam tentar recuperá-los.
Os contactos sobre a troca de prisioneiros, com o Hamas a tentar obter a libertação de prisioneiros palestinianos, fazem parte das negociações para alcançar uma trégua duradoura na região e evitar escaladas bélicas como a que ocorreu em maio deste ano, que deixou 260 mortos na Faixa de Gaza e 13 em Israel.