Por Rondoniadinamica
Publicada em 03/12/2021 às 11h00
Porto Velho, RO – O senador de Rondônia Marcos Rogério, do DEM, vice-líder do governo no Senado, queria, de acordo com o site Metrópoles, de Brasília, que o novo ministro do Supremo (STF) mudasse sua opinião sobre o casamento gay ainda durante a sabatina.
De acordo com o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, de Brasília, Rogério se sentiu compelido após pressão patrocinada por pastores e outras lideranças evangélicas.
LEIA A MATÉRIA AQUI:
Pastores cobraram retratação de André Mendonça sobre casamento gay
O senador rondoniense teria mostrando ao deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) uma “enxurrada” de mensagens encaminhadas por pastores questionando a fala de Mendonça.
Em sua fala, o indicado do presidente da República Jair Bolsonaro, PL, tachado como “terrivelmente evangélico”, prometeu defender no Supremo “o direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”.
De acordo com a coluna, Sóstenes alegou que a fala não significava uma defesa do casamento gay porque não há nenhuma menção ao tema na Constituição Federal.
Rogério, por outro lado, não se contentou com a justificativa. Em sua visão, prossegue Gadelha, o congressista eleito por Rondônia teria alegado que o deputado estava fazendo “hermenêutica (interpretação) jurídica”.
Além disso, ponderou que, caso não fosse remendada, “a declaração poderia causar um estrago grande perante o eleitorado evangélico”.
Após muita discussão, versa o site brasiliense, Sóstenes conseguiu convencer os colegas evangélicos que o melhor seria não procurar Mendonça e vir a público explicar a fala dele após o fim da sabatina.
O temor era de que uma eventual correção afetasse o número de votos para aprovar a indicação do indicado ao STF.
Em sua conta no twitter, Marcos Rogério veiculou trecho de um vídeo em que concedeu entrevista à Jovem Pan falando sobre a nomeação de Mendonça e os reflexos no STF.
Junto com as imagens, anotou:
“No Brasil, não temos poder moderador! Executivo, Legislativo e Judiciário são independentes e harmônicos entre sim. Não há hierarquia entre os Poderes! Em entrevista à Jovem Pan falo sobre o ativismo judicial que temos observado por parte do Supremo Tribunal Federal”, concluiu.