Publicada em 29/12/2021 às 10h08
A média do número diário de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos atingiu um novo recorde nesta terça-feira (28), com mais de 258 mil notificações. O pico anterior foi há quase um ano, em 8 de janeiro de 2021, quando a média diária alcançou 250 mil.
Os estados Nova York, Califórnia, Texas e Ohio foram os que tiveram os maiores números de casos.
Estima-se que quase 60% dessas infecções são causadas pela variante ômicron. De acordo com o jornal “The New York Times”, na verdade há uma combinação de duas variantes, a ômicron e a delta, ambas altamente contagiosas.
Além disso, o período de datas de comemoração nos EUA, como o Dia de Ação de Graças e o Natal, fazem com que haja mais circulação de vírus.
Na segunda-feira (27) foram registrados 1,4 milhão de casos de Covid-19, de acordo com a plataforma Our World in Data. Naquele dia, de acordo com a plataforma, só nos EUA haviam sido 512 mil novos casos.
A rápida propagação da ômicron causará um grande número de hospitalizações de pessoas com Covid-19, embora seja uma variante um pouco menos perigosa do que sua antecessora - advertiu o braço europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira.
"Um rápido aumento da ômicron, como o que observamos em vários países - embora combinado com uma doença ligeiramente menos grave -, provocará um grande número de hospitalizações, especialmente entre os não vacinados", afirmou Catherine Smallwood, uma das autoridades da OMS Europa.
Políticas para esse momento nos EUA
O governo dos EUA limitou a duração das quarentenas com a esperança de diminuir as faltas ao trabalho diante do aumento exponencial dos casos de Covid. Pessoas com teste positivo de Covid-19 precisarão fazer quarentena durante cinco dias.
As empresas, especialmente as companhias aéreas e os proprietários de restaurantes, elogiaram decisão. No entanto, os sindicatos de trabalhadores têm criticado a medida, pois temem um aumento da pressão sobre os trabalhadores.
A maioria das infecções ocorrem nos dois dias anteriores e nos três posteriores ao início dos sintomas, justificaram as autoridades.
A companhia aérea Delta, que havia pedido publicamente essa mudança, saudou a decisão do governo Biden, pois permite "mais flexibilidade para organizar os horários de tripulações e funcionários durante o período das festas de fim de ano".
Milhares de voos foram cancelados nos últimos dias devido ao crescimento meteórico da variante ômicron, que contaminou ou expôs as tripulações.