Publicada em 15/12/2021 às 15h55
A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) iniciaram mais uma operação contra garimpo ilegal na calha do Rio Madeira, no interior do Amazonas, nesta quarta-feira (15).
A operação é um desdobramento das ações realizadas no fim de novembro, na região de Autazes, interior do Amazonas, que foi invadida por garimpeiros para exploração ilegal de ouro. No período, centenas de balsas e dragas operaram em um único ponto do rio.
Na primeira fase da operação Uiara, a polícia prendeu 3 garimpeiros e destruiu 131 balsas.
Nessa fase da operação, 35 policiais federais do Amazonas, Distrito Federal, Pará, Roraima e Rondônia, além de quatro fiscais do Ibama estão no local. A proposta é localizar e destruir as balsas e dragas que operam na região.
De acordo com as investigações, as dragas que estavam na região de Autazes, no mês passado, se movimentaram para a região de Borba, munícipio que fica a 151 quilômetros de Manaus.
Região contaminada por mercúrio
Além da operação, a Polícia Federal também emitiu um laudo com amostras de cabelo de moradores da região do Rio Madeira no Amazonas, que constatou a presença de contaminação por mercúrio até 3 vezes superior ao limite máximo considerado admissível pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Após garimpo em massa, mercúrio no organismo de moradores do rio Madeira é 3 vezes maior que limite admissível
Ainda segundo o laudo, o nível de mercúrio presente na água é de 15 a 95 maior que o aceitável para consumo e uso recreativo.
As coletas de água e sedimento demonstram também fortes indícios de contaminação ambiental. Dos materiais analisados, 85% deles apresentaram contaminação por mercúrio.