Publicada em 23/12/2021 às 09h41
Porto Velho, RO – É oficial: de fato, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Rondônia deliberou, de maneira unânime, pela expulsão do deputado estadual Lazinho da Fetagro de seus quadros.
As alegações iniciais, sem maiores explicações, davam conta de possível infidelidade partidiária praticada pelo parlamentar, além de uma dívida avaliada em R$ 100 mil, esta relacionada a contribuições não-saldadas.
Em entrevista à Rádio Interativa FM, o membro da Assembleia Legislativa (ALE/RO) apresentou sua versão dos fatos, admirando, por exemplo, que não bancou suas obrigações para com a agramiação à qual fora desligado.
Entretanto, justificou: esse custeio seria opcional, aponta Lazinho ao Portal P1, de Jaru.
Ele também aponta que seus problemas com PT advêm de 2018, quando, ainda nas tratativas para as eleições, a legenda deria deliberado, regionalmente, pela aliança com o PDT a fim de tentar eleger dois deputados estaduais e um federal.
O parlamentar alegou que uma única pessoa se rebelou em relação à decisão tomada por 87% dos filiados, recorrendo ao PT nacional, que, por sua vez, interviu e derrubou a decisão formada por aquela maioria.
A pessoa, no caso, seria a ex-senadora Fátima Cleide, que, na visão dele, queria concorrer a todo o custo ao Senado Federal. E concorreu.
O presidente do diretório municipal de Porto Velho Ramon Cujuí, que concorreu à Prefeitura da Capital em 2020, chegou a postar a notícia sobre expulsão de Lazinho da Fetagro gerando debate em seu perfil na rede social Facebook.
Ao responder um dos comentários, Cujuí aumentou o leque de justificativas para o desligamento do membro da Casa de Leis estadual:
“Não foi uma coisa só:
Em 2020, em vários municípios em que o PT tinha candidatos, ele apoiou candidatos de outros partidos.
Em 2021, obrigou toda sua assessoria a desfiliar-se do PT, os 3 que se recusaram foram demitidos.
Há mais de um ano não participa das reuniões da Executiva e do Dretório Estadual.
Deixou de pagar a contribuição ao partido, acumulando uma dívida de mais de 100 mil reais. Chamado a construir uma solução para superar esses problemas, recusou o diálogo.
A Comissão de Ética do partido abriu processo de apuração e concluiu pela sua expulsão.
O Diretório Estadual, por unanimidade, deliberou pela expulsão”.
O deputado estadual ainda não disse para qual partido deve rumar.