Publicada em 27/01/2022 às 12h50
Inconformados com a postura da direção nacional em desprezar o assombroso aumento do índice de infecções e óbitos pela covid-19, aliada à epidemia de gripe H3N2 nos últimos dois meses no país, os funcionários do Banco do Brasil em Rondônia fizeram um protesto de duas horas na manhã desta quinta-feira (27/1), em frente à agência da avenida Farqhuar, em Porto Velho.
“O Banco do Brasil, lamentavelmente, está desrespeitando os protocolos de prevenção contra a covid-19, abrindo agências que tem funcionários com suspeita (ou tiveram diagnóstico positivo para) covid-19 ou gripe H3N2. Para piorar a situação, nenhuma das agências que tiveram casos confirmados foram – ou serão – sanitizadas devidamente, pois existe uma orientação da direção nacional do banco para não contratar mais as empresas especializadas no ramo, e obrigar que os funcionários da limpeza façam o serviço. O banco, com essas atitudes, só tem contribuído para o agravamento da crise sanitária no Estado e no país, pois além dos bancários, outros trabalhadores (serviços gerais, vigilantes…) também acabam sendo infectados, causando afastamentos e, consequentemente, o déficit de trabalhadores nas unidades. Com isso, mais sobrecarga de trabalho aos que ficam nas agências, mais adoecimento e até mesmo a insegurança, pois já há, caso de que uma agência chegou a funcionar sem vigilante recentemente”, descreve Ivone Colombo, presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
“É inadmissível que o Banco do Brasil reproduza uma política que leve ao adoecimento dos funcionários e dos clientes, contribuindo para o agravamento da pandemia, com o número de mortes no nosso país. Vamos continuar firmes, lutando em defesa da vida dos funcionários e dos clientes”, enfatiza Cleiton dos Santos, diretor de Esportes e Cultura do SEEB-RO e funcionário do BB.
CASOS EXPLODEM EM RONDÔNIA
Rondônia continua registrando mais de dois mil casos do coronavírus em apenas um dia. O boletim da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) desta quarta-feira (26/1), aponta que, somente no dia de ontem, mais de 2.002 casos de covid-19 foram confirmados no Estado, com sete óbitos.
“Voltamos a nos deparar com um cenário de medo e incerteza pelo crescimento dos casos de covid-19 que, agora com os da gripe, tem lotado unidades básicas de saúde, clínicas e hospitais. Essa, infelizmente, é a atual realidade da saúde no nosso Estado, e sabemos que, diariamente, surgem novos casos de trabalhadores com testes positivados. Por isso estamos aqui, neste momento, lutando para que o banco respeite os protocolos de prevenção, mesmo que tenhamos que acionar nosso jurídico. Essa é a nossa maior prioridade: a saúde dos trabalhadores e de seus familiares, dos clientes e da população em geral, diferentemente da prioridade dos bancos, que só objetivam o lucro, mesmo que isso custe a vida das pessoas”, completou a presidenta.