Publicada em 26/01/2022 às 16h11
A Polícia Federal recebeu um ofício da Anvisa no qual a agência reguladora afirma que um funcionário da Associação de Futebol Argentino (AFA) falsificou as declarações de saúde de quatro jogadores da seleção argentina. As informações foram divulgadas primeiramente pelo GE (Confira o ofício na íntegra abaixo).
De acordo com o documento, a falsificação foi feita para que o quarteto pudesse jogar contra o Brasil por eles não terem cumprido as regras sanitárias. A partida começou, em setembro do ano passado, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, mas foi interrompida pela Anvisa logo no início.
Funcionários da Anvisa chegaram a entrar no gramado para suspender o jogo, pois Emiliano Martínez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero não tinham respeitado as regras de quarentena. Até o momento, a partida não foi remarcada e nenhuma decisão foi anunciada pela Conmebol.
Na ocasião, os quatro jogadores teriam deixado de cumprir os 14 dias de quarentena antes de embarcar ao Brasil. Outro ponto foi que ambos não mencionaram o fato de terem vindo do Reino Unido.
Vale lembrar que o triste episódio deu início a um inquérito para apurar o caso. Agora, a Anvisa enviou o ofício assinado pelo chefe do posto de vigilância sanitária do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, Elisa Boccia.
Nesse sentido, a PF pediu o endereço de IP responsável por preencher as declarações do quarteto. Entretanto, a Anvisa disse que, por motivo de custos, o mecanismo capaz de fornecer a informação foi desligado. Mesmo assim, a agência reguladora chegou ao nome de Fernando Ariel Batista, funcionário da AFA, utilizando o código de acesso para completar as declarações.
Dessa forma, a PF deve contar com um pedido de cooperação jurídica internacional para poder ouvir o funcionário que preencheu as declarações.
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