Publicada em 10/01/2022 às 14h41
O ano passado foi o quinto mais quente já registrado, com os níveis de gases aquecedores do planeta, como o dióxido de carbono e o metano, alcançando patamares recordes, afirmaram cientistas da União Europeia (UE).
O Serviço Copérnico de Mudanças Climáticas da UE (C3S) informou, em relatório divulgado nesta segunda-feira (10), que os últimos sete anos foram os mais quentes do planeta, conforme registros que datam de 1850. A temperatura média global em 2021 ficou entre 1,1 e 1,2º Celsius acima dos níveis de 1850 a 1900.
Os anos mais quentes já registrados até hoje foram 2020 e 2016.
Vários países estão comprometidos com o Acordo de Paris, de 2015, para limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5ºC, nível que, segundo os cientistas, vai evitar os piores impactos do aquecimento global. A meta requer que as emissões sejam cortadas pela metade até 2030, mas até agora elas só aumentaram.
Conforme as emissões alteram o clima do planeta, a tendência de aquecimento em longo prazo continua. As mudanças climáticas exacerbaram muitos dos eventos climáticos extremos que marcaram o mundo em 2021, desde inundações na Europa, China e no Sudão do Sul, aos incêndios florestais nos Estados Unidos.
"Esses eventos são forte lembrete da necessidade de mudarmos nosso modo de vida e de tomarmos medidas decisivas e eficientes em direção a uma sociedade sustentável e à redução de emissões líquidas de carbono", afirmou o diretor do C3S Carlo Buontempo.