Publicada em 10/01/2022 às 08h09
REVALIDA: MAIS DE 900 RONDONIENSES PODEM ESTAR PRONTOS PARA A ETAPA FINAL, EM MARÇO
Pelo menos 3.750 rondonienses são médicos formados no exterior, claro que a maioria em Universidades da Bolívia, onde o curso de Medicina é muito menos caro que no Brasil. Um grande número de jovens se deslocam de suas casas, deixam suas famílias, vão viver muitas vezes com enormes dificuldades, apenas pela luta que sabem que enfrentarão para realizar o sonho de suas vidas. Para poderem trabalhar no seu país, todos eles precisam passar pelo Exame Revalida, uma série de provas que, aos que forem aprovados, dão o aval para que possam atender, clinicar, fazer cirurgias e todos os procedimentos que aprenderam, também na sua terra.
Durante longos anos, estes profissionais, mesmo concluindo seus cursos em outros países, não tinham acesso ao Revalida, já que as provas eram eventuais, sem um calendário prévio e, no geral, quase uma loteria. Agora a situação mudou. Com a obrigatoriedade de se realizar duas provas por ano, as possibilidades de que os médicos com diplomas estrangeiros possam trabalhar no Brasil crescem muito. Claro que ninguém imagina que as provas são moleza. Pelo contrário. Geralmente, apenas metade dos participantes, sendo otimistas, conseguem a revalidação do seu diploma.
Para se ter ideia da situação, o deputado Lúcio Mosquini, dos que mais tem batalhado para que os formados fora do país possam trabalhar por aqui, dos mais de 11.800 candidatos da primeira etapa dos exames, em meados do ano passado, apenas 6.026 foram aprovados. Ou seja, praticamente 50 por cento dos que tentaram o Revalida, já foram eliminados neste ano e terão que repetir as provas, daqui para a frente. Dos mais de seis mil aprovados, não há informações seguras sobre o número de rondonienses que estarão aptos à fase decisiva do certame, mas se seguirmos a regra de que há um quarto de representantes do nosso Estado nos cursos do exterior, apenas como cálculo matemático, poderíamos ter até 930 candidatos de Rondônia com chances de, caso superarem a fase decisiva, possam começar a trabalhar imediatamente no nosso Estado e no nosso país.
Além de Mosquini, a deputada Jaqueline Cassol também tem estado na linha de frente desta batalha. O anúncio de que foi aberto, na sexta-feira, o edital para a segunda fase do Revalida, o que poderá abrir caminho para o ingresso de milhares de profissionais médicos no mercado nacional, mereceu comemorações de ambos os parlamentares e de vários outros, da bancada rondoniense, que também estiveram e estão engajados neste esforço. Mosquini e Jaqueline realizaram várias reuniões com os jovens médicos, alguns já diplomados e outros em fase final de seus cursos, principalmente na Bolívia, levando depois os pleitos ao governo federal.
PROVA FINAL SERÁ EM MARÇO E RIO BRANCO SERÁ A ÚNICA CAPITAL DO NORTE A RECEBER OS CANDIDATOS
Durante longo tempo, a questão do OK para formados no exterior poderem trabalhar no Brasil, teve vários percalços. Até porque a maioria dos profissionais formados no Brasil nunca viu com bons olhos a chegada de tantos novos médicos no mercado. Contudo, todos concordam que, caso sejam aprovados no Revalida, não há nada que os impeça de atuar também no seu país de origem. A exceção a esta regra, correu apenas nos governos do PT, quando os ex- presidentes Lula e Dilma “importaram” centenas de médicos cubanos, que não precisaram do Revalida para trabalhar no Brasil Cada profissional custava altos valores aos cofres do país, mas praticamente todo o dinheiro era enviado para Cuba e os médicos que trabalhavam aqui, recebiam pouco mais que uma miséria. Mas isso é outra conversa. Agora, pelo edital do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelas provas do Revalida, as inscrições para os que foram aprovados na primeira etapa vão até este 21 deste janeiro. A prova definitiva, nesta fase, será realizada em 6 de março. Dos oito Estados onde a segunda etapa do Revalida será realizada, apenas o Acre, em sua Capital, Rio Branco, abrigará os concorrentes. As demais cidades onde as provas vão ocorrer: Brasília, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.
SERÁ QUE AGORA VAI? INFRAESTRUTURA PREPARA DUAS AUDIÊNCIAS, EM RONDÔNIA, SOBRE DUPLICAÇÃO DA BR 364
Será que desta vez sai mesmo a duplicação da BR 364? Pelo menos há essa esperança, na medida em que o governo federal, através do Ministério da Infraestrutura, pretende privatizar nossa principal rodovia, inicialmente no trecho de quase 730 quilômetros, entre Vilhena e Porto Velho. Duas audiências promovidas pelo Ministério, (serão três no total), terão como sede em Rondônia, uma no dia 9 de fevereiro, em Vilhena e outra em Porto Velho, dois dias depois. As audiências públicas debaterão a concessão de lotes rodoviários na região Norte, num projeto coordenado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que vão à busca da abertura de conversações com interessados privados, que possam representar, mais à frente, a decisão definitiva sobre a exploração dos lotes rodoviários. No governo de Michel Temer, chegou a haver um ensaio de privatização, mas a proposta não andou. Naquela ocasião, algo que assustou os rondonienses e todos os usuários foi a intenção de dividir todo o trecho em lotes de 100 quilômetros, com um pedágio em cada um deles. Isso significaria a implantação de pelo menos sete pedágios no trecho de Vilhena à Capital, o que poderia tornar muito caro o transporte rodoviário na 364. Esta informação, ao menos até agora, não faz parte do novo projeto de privatização que está em estudo pelo Ministério da Infraestrutura.
BOMBEIROS AGRADECEM E FAZEM CONTINÊNCIA A ROCHA, PELO SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL
Nada como um dia depois do outro. Movimentos no meio dos militares rondonienses (PMs e Bombeiros), andaram, embora a boca pequena, criticando o governo do Estado, pela falta de apoio às corporações e principalmente em relação às questões salariais e garantias de segurança para todos. Coronel da PM, o governador Marcos Rocha e sua equipe ouviram os burburinhos, mas trabalhavam em silêncio, como se mineiros fossem, para que, quando os cofres estaduais suportassem, fosse dada à categoria dos militares o maior apoio possível. A criação do Sistema de Proteção Social, que garante a manutenção e a paridade da remuneração dos militares da ativa, assim como os inativos, (e garantindo, ainda, promoções por tempo de serviço cumprido) tem recebido apoios e notas de agradecimento de instituições como o Corpo de Bombeiros, cujos integrantes foram beneficiados. O comandante geral da corporação, coronel Nivaldo de Azevedo Ferreira, por exemplo, publicou longa nota, não poupou elogios à medida e agradecimentos ao governador Marcos Rocha. Azevedo Ferreira afirmou que “após os estudos necessários e de ouvir a classe militar do Estado”, o Governador sancionou a lei que, segundo o texto, dá grande segurança aos bombeiros e seus familiares. O texto concluiu com uma continência a Marcos Rocha e “sinceros agradecimentos, em nome de todos os integrantes” do Corpo de Bombeiros. Dentro da PM também tem se ouvido elogios, com divulgação de nota igualmente de agradecimento à iniciativa do governo.
LAERTE PROTESTA CONTRA AUMENTO EXAGERADO DO IPVA E CRITICA “SANHA ARRECADADORA” DO DETRAN
Bem que ele tentou. Mas a intenção do deputado Laerte Gomes, ainda no PSDB, de conter qualquer aumento do IPVA dos veículos para este ano, foi em vão. Enquanto tramitava na Assembleia Legislativa o pedido de Laerte, o Detran foi mais rápido no gatilho. Decidiu impor ao contribuinte um reajuste que beira os 25 por cento, pelo menos 15 pontos percentuais acima da inflação do ano passado. Laerte queria que a tabela FIPE usada pelo reajuste fosse a de 2020, mas, infelizmente para os donos de veículos do Estado, o aumento está definido. Depois de lembrar que o órgão “já tem excesso de arrecadação”, o ex-presidente da ALE afirmou que “o Detran do Estado não tem compromisso algum com o cidadão. Só pensa em arrecadar, arrecadar e arrecadar! E é esta a minha cobrança e indignação quanto ao IPVA. Rondônia deveria fazer como em outros Estados, a exemplo de Minas Gerais, onde o governador suspendeu o aumento do imposto mantendo o mesmo valor do ano passado”, exigiu. Laerte não é uma voz isolada. Mesmo parlamentares aliados ao Governo rondoniense, andam reclamando do que ele chama de “sanha arrecadadora” do órgão, com constantes aumentos de impostos, taxas e “emolumentos”, em relação aos veículos. Não só em Rondônia, mas em todo o Brasil, os Detrans se tornaram máquinas de fazer dinheiro. E não há luz no fim do túnel para que essa situação mude.
TRÊS CASOS DE MULHERES RONDONIENSES ENGANADAS E QUE VIVERAM DIAS DE TERROR
Os casos se sucedem. Mulheres, algumas ainda muito jovens e outras já mais maduras e experientes, têm sofrido nas mãos de criminosos; têm sido enganadas por golpistas que lhes prometem casamento, mas apenas querem tirar todo o dinheiro que puderem; tem caído em conversas que, esperançosas de encontrar um amor ou uma nova oportunidade na vida, as levam a cair em golpes, quando não perdem a vida. Em pouco tempo, três rondonienses foram vítimas. Uma delas, lamentavelmente, foi abandonada para morrer, por amigos e coiotes, na fronteira dos Estados Unidos com o México. Outra, no mesmo caminho, foi atacada, estuprada e baleada também por assassinos que se faziam passar por amigos que passariam a ela e ao marido para o território americano. Sobreviveu por milagre. O terceiro caso e mais recente, também foi terrível. Enganada por um namorado que conhecera há pouco tempo, uma jovem foi para São Paulo, esperançosa de ter encontrado uma vida nova, ao lado de uma pessoa que surgiu como uma grande esperança de felicidade. O que aconteceu foi um filme de terror. Colocada em cárcere privado pelo canalha, ela foi obrigada a se prostituir, para não ser morta. Por sorte, acabou resgatada pela polícia. São apenas três exemplos, envolvendo mulheres de Rondônia, que podem servir de lição para que outras não se tornem vítimas, também.
SÃO AS FACÇÕES QUE CRIAM AS LEIS E COMANDAM REGIÕES MAIS POBRES, AQUI E EM TODO O BRASIL
A falência do sistema de segurança pública é cada vez mais notória. Mesmo que eventualmente haja vitórias da polícia, o conjunto de leis, protetoras dos bandidos, fazem com que sejam Vitórias de Pirro, ou seja, sem resultado prático. Presos eventualmente, os bandidões rapidamente estão soltos de novo, com exceção dos que não fazem parte das facções criminosas, que não têm muito dinheiro para pagar advogados caros e competentes. Em Rondônia, é claro, o drama não difere da situação nacional. Aqui, nos conjuntos habitacionais onde moram milhares de famílias, entre as mais pobres, são subjugadas pela bandidagem, que ocupa o espaço de poder, na ausência do poder público e das autoridades policiais. Profundos conhecedores das nossas leis, produzidas há décadas para protegê-los, os criminosos sabem exatamente o que pode lhes acontecer, caso presos. Raríssimos temem a Justiça, porque sabem que, embora muitos magistrados gostariam de aplicar penas duríssimas, não podem fazê-lo, porque os bandidos são considerados pelas leis brasileiras como “vítimas da sociedade”, enquanto as verdadeiras vítimas não conseguem a proteção que deveriam ter. Em vários conjuntos em Porto Velho, as facções ditam as leis, aplicam, “Mandamentos” e até decidem sobre até que horas as pessoas podem ficar nas ruas. Parece inacreditável, mas, infelizmente, essa é a triste realidade.
REPÚBLICA SINDICALISTA E QUEM MAMA NA LEI ROUANET TORCEM DESESPERADAMENTE POR LULA
A República Sindicalista, que dominou o Brasil durante décadas, anda serelepe, torcendo e vibrando, tal quais os artistas que querem os milhões da Lei Rouanet de volta aos seus bolsos, desesperados para que Lula volte ao governo. Não importa tudo o que a Lava Jato mostrou ao País, sobre a quadrilha que dilapidou os cofres públicos e sobre seu líder, quem está preocupado com o país, se seus bolsos andam vazios? No caso dos sindicatos, o amor ao lulismo cresceu depois que o ex-presidente avisou que, se eleito, vai destruir tudo o que foi construído na Reforma Trabalhista. Quer é voltar ao atraso, ao subdesenvolvimento, à visão econômica estatal e populista, não importa se isso vá destruir a Nação, como está acontecendo hoje na Venezuela e na Argentina e, para onde se encaminha o Chile. Com relação à nata da classe artística, o amor pelo candidato esquerdista à Presidência, claro, tem a ver com a grana da Rouanet. Mesmo que Lula já tenha avisado que vai criar um “controle social da mídia”, ou seja, impor a censura em que não rezar por sua cartilha, isso não importa a este grupo que, durante mais de três décadas, mamou numa teta gorda, que o atual governo ousou secar. Nada de patriotismo. Tudo pela ditado: “Mateus, Mateus, primeiro os meus!”
PERGUNTINHA
Você tem esperança de que, ainda este ano, vamos vencer o vírus do terror, que matou milhões mundo afora ou ele continuará levando vidas por muito mais tempo?