Publicada em 05/01/2022 às 10h59
Porto Velho, RO – Quando se fala em eleição deste ano de 2022, especialmente em relação às opções rumo ao Palácio Rio Madeira, as cartas do baralho são, de fato, majoritariamente masculinas.
São elas: Coronel Marcos Rocha, batalhando pela reeleição; o talvel-vá-talvez-não-vá Ivo Cassol; o senador Marcos Rogério; o ex-governador e congressista licenciado Confúcio Moura; o deputado federal Léo Moraes; e um entre dois petistas, quais sejam, Alselmo de Jesus ou Ramon Cujuí.
Surgiram opções mais periféricas no horizonte, ao lado enfático do bolsonarismo e da soja, da criação de gado, mas que, por ora, não merecem menções porquanto as cabeças se preservam dentro do casco.
À exceção da tucana Mariana Carvalho, que está sempre aí excursionando a própria imagem, fazendo propaganda de si – e com razão –, um erro crasso percorre as entranhas dos bastidores eletivo regional.
O potencial feminino tem sido sumariamente ignorado, inclusive, por vezes, pelas próprias detentoras.
Existem credenciais muito, mas muito fortes mesmo entre mulheres que certamente, caso queiram, podem se firmar como concorrentes perigosas na busca pelo Poder Executivo estadual.
Mariana é, ingegavelmente, uma delas. Até pela relação quase simbiótica com os mandatários nacionais e a capacidade da adaptação a todas as mudanças nos flancos da União. Ela se perpetua na função pública e isso, só isso, já lhe firma como alguém de potencial a ser levado em conta.
Agora, Sílvia Cristina, por exemplo, assumiu recentemente a cadeira de deputada federal e, com isso, a luta contra o câncer. Suas vitórias no Congresso contribuindo sobremaneira com a saúde dos rondonienses é sintomática, abrindo alas para galgar posições mais altas.
Jaqueline é irmã de Ivo. A advogada ocupou a chefia do Departamento de Trânsito (Detran/RO) e chegou a disputar o governo, sem sorte. Tem conhecimento sobre leis e a respeito do setor administrativo evolto à seara pública.
Cristiane Lopes ousou em 2020, e concorreu à Prefeitura de Porto Velho, passando ao segundo turno deixando para trás nada menos que 13 concorrentes. Chegou a ser vereadora da Capital rondoniense, disputou –e foi bem votada –, uma cadeira de deputada federal pelo estado e está diariamente na televisão como âncora de telejornalismo.
Sua força certamente não deve ser ignorada.
Carla Redano presidiu a Câmara Municipal de Ariquemes, e, após provocada pelo concorrente Tiziu Jidalias, lançou-se candidata à Prefeitura da Cidade.
E venceu.
Tem se destacado por posições de austeridade e vem angariando alianças vitória após vitória. A ascensão da jovem autoriada também não pode passar batida.
A petista Fátima Cleide atingiu seu ápice político na era Lula, quando ocupou por oito anos o Senado Federal. Agora, com o retorno à cena do arquéripo-mor de sua legenda, ela e aliados também ensaiam o regresso da legenda em escala regional. É sempre um nome a ser lembrado. Concorreu mais uma vez em 2018, porém teve a candidatura impugnada pela Justiça, a despeito da boa votação.
Por fim, a primeira-dama de Porto Velho, Ieda Chaves, esposa de Hildon. Ela se destacou pelas ações sociais desencadeadas ao longo do primeiro e do parcial segundo mandato do companheiro, erguendo as mangas e trabalhando na fronte, incluindo em campanhas de vacinação contra a COVID-19.
Especulou-se, diversas vezes na mídia local, que ela seria vice de alguém, embora haja reputação o suficiente para ser candidata a qualquer cargo este ano, incluindo ao de governadora.
De fato, os rondonieses estarão bem servidos de nomes na hora do pleito, quando forem votar. Entre homens e mulheres, há competentes e incopetentes, bons e maus políticos.
No se deve ignorar, como dito no decorrer deste texto, a força das mulheres na vida pública, que, por sua vez, avança a galope, inserindo-as em posição de destaque.
Fechar os olhos a isso, repita-se, é erro crasso desde cedo.