Eleições 2022 em Rondônia – Quem seria o maior beneficiado com a eventual desistência de Marcos Rogério?

Porto Velho, RO – O site nacional “O Antagonista” chegou a divulgar que o caminho político de Marcos Rogério, congressista de Rondônia, depende exclusivamente do aval do presidente Jair Bolsonaro.

E ele assina embaixo.

Se o mandatário do Palácio do Planalto precisar dele como novo líder do governo no Senado, é para onde irá rumar; isto significa, na prática, abrir mão da corrida pela sucessão – ou não –, do xará Marcos Rocha no comando do Estado de Rondônia.

Na realidade, para o a direita mais acentuada, Rogério já provou seu valor como defensor incansável da gestão durante as árduas sessões da CPI da Pandemia, em Brasília, no decorrer de 2021.

Desde então tornou-se um artífice do bolsonarismo, aliado de primeira hora, a quem o próprio regente da União clama quando necessário.

A voz empostada de locutor e o jeito de organizado na hora de ler roteiros empresta à figura do político rondoniense ares de credibilidade, a despeito de, em muitos casos, tanto quanto falseada pela pompa do personagem.

No fim, o fato de Rogério ir largando aos poucos a própria personalidade para enrigecer seu amor a Bolsonaro carregará consigo vantagem aos potenciais adversários de 2022.

A sua lealdade fisiológica, à beira da simbiose, faz com que suas qualidades singulares como homem público se dissipem: em franca ascensão, o caricato senador abre mão de ser quem é para sustar a evolução na carreira em nome de uma bandeira que sequer empunhava há pouquíssimo tempo.

É latente que a repercussão que obteve nos últimos 365 dias mexeu com seu brio, a ponto de esquecer do próprio caminho.

O principal beneficiado com a eventual desistência de Marcos Rogério, no caso, é Marcos Rocha, com quem certamente teria de dividir o eleitorado no polo destro.

No fim, além do atual governador, restariam, dentro do espectro talvez, algumas figuras do ramo agropecuário, ainda não confirmadas, e o talvez-sim-talvez-não Ivo Cassol, ex-governador que quer concorrer, mas precisa combinar com a Justiça.

São esses os nomes que, por ora, seriam beneficiados com o arrego de Rogério. O que se sabe, no momento, é que o maior prejudicado seria ele, já que, como dito, abrir mão de uma personalidade política para galgar posições na vida política é um regresso. Funcinou em 2018, mas a fórmula já deu o que tinha de dar e certamente não renderá o mesmo resultado.

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