Publicada em 25/01/2022 às 09h56
O governo de Israel está discutindo ampliar a campanha de vacinação contra covid-19 com uma 4ª dose da vacina para todos os adultos. A recomendação foi feita por um painel consultivo ao Ministério da Saúde do país nesta 3ª feira (25.jan.2022).
O diretor-geral do ministério deverá tomar a decisão sobre a nova aplicação. No entanto, o governo não indica um prazo para a análise da recomendação.
O painel consultivo indica que um 2º reforço seria para todos com mais de 18 anos e que tenham se recuperado da covid-19 ou tenham tomada a 3ª dose há mais de 5 meses.
“A decisão foi tomada devido aos resultados positivos que mostram um aumento de proteção de 3 a 5 [vezes] contra doenças graves após receber a 4ª dose e o dobro de proteção do que aqueles vacinados apenas 3 vezes.”
Israel já utiliza a 4ª dose em sua campanha de imunização contra a covid-19. Desde o início de janeiro, as pessoas com mais de 60 anos recebem mais uma dose de reforço da vacina da Pfizer no país.
No último domingo (23.jan), o comitê de combate à covid-19 de Israel divulgou resultados preliminares da aplicação da 4ª dose em pessoas com mais de 60 anos. Segundo os dados, o 2º reforço as tornou 3 vezes mais resistentes a doenças graves, comparado a idosos com apenas 3 doses da vacina.
Outro estudo preliminar, publicado pelo centro médico Sheba, de Israel, diz que a 4ª dose aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos que a 3ª. A efetividade, porém, não impede a infecção pela variante ômicron, de alta transmissão.
A necessidade de uma 4ª dose ainda não é algo definido pela ciência. Mesmo fabricantes de vacinas afirmam que há incerteza na iniciativa. O diretor-executivo da Pfizer, Albert Boula, disse em 10 de janeiro que “isso é algo que ainda precisa ser testado”.
No Brasil, apenas imunossuprimidos, que têm o sistema imunológico mais comprometido, devem tomar uma 4ª dose, segundo as atuais recomendações do Ministério da Saúde.