Publicada em 29/01/2022 às 11h09
Na próxima semana estaremos entrando no segundo mês do ano, fevereiro e o prazo para a realização das eleições gerais, que elegerão do presidente da República a deputados estaduais, menos prefeitos e vereadores será de 9 meses, pois no dia 2 de outubro próximo será realizado o primeiro turno. Em Rondônia as Eleições 2022 já movimentam as lideranças políticas e o senador Confúcio Moura, nome mais importante do MDB no Estado, articulador político em potencial já tem uma noção do que pretende colocar na prática com destaque para a sucessão estadual.
Confúcio solicitou no final de 2021 “licença para tratar de assuntos particulares”, do Senado, possibilitando que sua 1ª suplente, Maria Eliza de Aguiar e Silva assumisse, formalizasse sua condição de senadora para o restante da vida e com os benefícios para toda a família. No período de licença, Confúcio percorreu boa parte do Estado mantendo contatos com lideranças do seu partido e dos demais, visando uma parceria, pois este ano não teremos coligações, o que dificulta para os líderes dos pequenos partidos, mas também para os grandes.
Confúcio, apesar de não negar que será candidato a governador, quando questionado, também não diz que não disputará o cargo que ele ocupou durante dois mandatos seguidos e renunciou para concorrer, e se eleger, senador em 2018. É típico de Confúcio, que enfrentou o criador (ex-governador e ex-senador Valdir Raupp) nas convenções das eleições gerais do partido em 2018 e saiu candidato ao Senado “na marra”, a contragosto de Raupp.
Nas suas andanças pelo Estado, Confúcio deve ter notado que a disputa pelo governo do Estado nas eleições deste ano será acirrada. Observou que o ex-governador Ivo Cassol, do PP, continua firme e forte perante boa parte do eleitorado e, caso consiga viabilizar sua candidatura, pois tem problemas com a Justiça, situação que deverá ser definida nas próximas semanas será adversário de enorme peso político-eleitoral.
Outra constatação de Confúcio é que o governador Marcos Rocha (União Brasil), que foi eleito em 2018 na “onda” Bolsonaro vem consolidando gradativamente seu nome como pré-candidato à reeleição. Rocha tem bons programas de governo como o “Tchau Poeira”, “Governo na Cidade”, “Porteira Aberta” e também na área social, que agrada prefeitos e a comunidade.
A recente adesão ao novo partido, ainda, não legalizado, o União Brasil, levou Rocha a trazer vários prefeitos para a nova sigla e, como administra sem discriminação político-partidária vem ganhando espaço junto as lideranças municipais. Rocha será um adversário difícil de ser batido, caso continue dando o suporte necessários aos municípios, a maioria com problemas devido a pandemia, que mudou o mundo.
O senador Marcos Rogério, que assumiu recentemente o comando do PL no Estado está entre os pré-candidatos a governador de Rondônia. Tem uma carreira política meteórica, mas consolidada, desde sua eleição a vereador em Ji-Paraná, deputado federal e senador. Foi importante e fiel ao presidente Jair Bolsonaro, durante a CPI do Covid-19 demonstrando ser parceiro. Sua meta é concorrer ao governo do Estado este ano, mas há comentários que deverá ocupar cargo de ministro, ou similar no governo Bolsonaro.
A partir da próxima terça-feira (1º) estaremos a cinco meses das convenções partidárias, ocasião em que os partidos definirão os candidatos aos diversos cargos para as eleições deste ano. Caso seja efetivada a união entre MDB, PL e o PSD, que é presidido no Estado pelo deputado federal Expedito Netto e, talvez até o PSDB, da deputada federal Mariana Carvalho, teremos um grupo com amplas condições de sucesso.
Também não há como negar que, caso Cassol tenha condições plenas de concorrer sem a necessidade de liminar, também é nome difícil de ser batido. Cassol tem facilidade em se comunicar com o povão, pois é populista e determinado. É um pré-candidato difícil de ser batido nas urnas.
Como o PSDB não deverá ter candidato ao governo, porque o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) já demonstrou que pretende terminar o seu segundo mandato seguido e também perdeu uma das suas maiores lideranças para o PSD, o ex-senador Expedito Júnior, é bem provável que esteja integrado ao “Grupão”, que já teria o MDB, PL e o PSD, como já citamos.
O Podemos presidido em Rondônia pelo deputado federal Léo Moraes tem como pré-candidato a presidente da República o ex-juiz federal, Sérgio Moro. Léo é sempre citado como provável candidato a governador, mas provavelmente optará pela reeleição, tarefa bem menos difícil para ele, que é um parlamentar com bons serviços prestados. Moro é uma aposta.
A busca da retomada do Poder pelo PT também ocorre em Rondônia. O presidente regional do partido, ex-deputado federal Anselmo de Jesus é pré-candidato a governador. Em entrevista recente, de forma surpreendente, atacou o senador Marcos Rogério dizendo que ele “vendia propaganda de rádio em bicicletinha”, como se o ato denigre a pessoa. Anselmo é um político ponderado, educado e com ampla folha de bons serviços prestados ao PT, ao Estado e se dirigiu ao senador de forma chula. Desnecessário...
Correndo por fora, mas com condições de chegar tem o PSB, do deputado federal Mauro Nazif. Além de Mauro, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ji-Paraná (dois mandatos seguidos) e 195.541 votos nas eleições ao Senado em 2018, Jesualdo Pires. Praticamente todos os pré-candidatos querem Jesualdo de vice, pelo seu curriculum político, mas é um nome bem formatado para concorrer ao governo do Estado. Voto ele tem, falta formatar uma boa composição.