Publicada em 07/01/2022 às 10h09
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério, ainda no DEM, mas rumo ao PL de Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, está com raiva da esquerda porque o jornalista Guga Noblat reproduviu um vídeo de mau-gosto satirizando a condição médica do morador do Alvorada.
Nas imagens, uma mão feminina desenha o contorno de um caixão no leito de hospital onde o presidente fora internado por complicações no intestino. A causa? Um camarão mal-mastigado.
Junto à veiculação, Rogério escreveu:
“O delírio da esquerda, que prega o bem enquanto pratica o ódio!
Vai vendo, Brasil!”.
O bilionário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, também reverberou a situação, tachando-a como “inaceitável”.
O braço-direito do bolsonarismo no ramo empreendedor redigiu:
“Absurdo dos absurdos! Inaceitável e repugnante desejar a morte de alguém. Esse tipo de “ódio do bem” ultrapassa todos os limites. É desmoralizante e uma total falta de pudor. É assim que age a esquerda quando faltam argumentos. Quando fazem o mesmo com o pessoal deles, o que acontece? Aí é algo antidemocrático, surgem inúmeros grupos de ódio, cancelam pessoas e criam longas narrativas para a semana toda na grande imprensa.
Pessoas como @blogdonoblat só corroboram para o que, na verdade, já sabemos sobre parte da imprensa, o que predomina é a falta de ética e o viés de mau-caratismo. Hoje o povo brasileiro nota, com clareza, que veículos de comunicação e jornalistas viraram militantes de partidos de esquerda. Mas o povo acordou, não enganam mais ninguém. Lamentável demais ver que o jornalismo no Brasil seja representado por pessoas como Noblat, que não conseguem discutir ideias e, na falta de argumentos, partem para a ignorância e desrespeito. Por quanto tempo fomos enganados? [...]”.
Na postagem de Hang no Instagram, uma das respostas foi justamente o da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ela disse: “Que a mão de Deus pese sobre essa mão. Que Ele dê em dobro o que desejares ao meu marido”.
Presidente passa incólume
Por outro lado, nem Marcos Rogério nem Hang criticaram Bolsonaro enquanto o presidente desenhou, em diversas ocasiões, das mortes dos brasileiros e brasileiras durante a pandemia do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
Em novembro de 2020, Bolsonaro disse que Brasil tinha de deixar de ser um País de “maricas”, isto quado a doença já havia levado a óbito pelo menos 162 mil pessoas.
Antes disse, ríspido, como de praxe, o presidente respondeu à sua maneira peculiar a respeito dos falecimentos provocados pelo vírus.
Em abril de 2020, Bolsonaro debochou.
Um respórter perguntou:
"Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá certo?", declarou o presidente.
O repórter, então, tentou fazer novamente a pergunta.
"Não sou coveiro, tá?", repetiu o presidente da República.
Dias depois, também em abril de 2020, o mandatário do Planalto voltou a tripudiar sobre as mortes: