Publicada em 21/01/2022 às 10h55
Porto Velho tem um dos trânsitos mais complicados do país. Desrespeito aos semáforos, velocidade excessiva, estacionamento irregular, motoqueiros malucos e fiscalização inexistente.
O índice elevado de acidentes, a maior parte envolvendo motoqueiros, liderados pela maioria dos malucos, que entrega alimentos contribui para o caos no setor sem que a Secretaria Municipal de Trânsito-Semtran, resolva o problema. Quem conhece a área de ortopedia do Hospital das Irmãs Marcelinas constata o contingente de pessoas mutiladas devido a acidentes envolvendo motocicletas na capital.
Há tempo não são realizadas campanhas educativas no trânsito da capital. Temos ciência que não é fácil colocar na cabeça dos malucos sobre o perigo que enfrentam e expõem os demais, inclusive os pedestres, porque faixa é um mero adorno para os motoqueiros-malucos. Campanhas de conscientização são fundamentais, como a iniciada em Ji-Paraná, ontem (20), pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMT) e será desenvolvida em etapas durante cinco meses é uma maneira de amenizar o problema.
A campanha de Ji-Paraná “No trânsito, seja educado” foi bem recebida pela população e, admitam ou não, a conversa, as placas de advertências, os panfletos ajudam as pessoas a deixar o trânsito menos agressivo e mais eficiente. É importante que o motorista, o motociclista e o pedestres saibam que têm pessoas orientando, conscientizando.
A Secretaria Municipal de Trânsito de Porto Velho poderia promover uma ampla campanha de conscientização em Porto Velho. As ações em pontos estratégicos garantirão resultados positivos, pois o irresponsável vai ser orientado a ser mais cuidadoso, menos agressivo no trânsito e certamente teremos redução nos acidentes, menos óbitos e queda significativa na mutilação de pessoas.
Se as vias de Poeto Velho, no centro e nos bairros estão recebendo melhorias no pavimento, com recapeamento e asfalto novo em vários lugares, a sinalização eficiente é necessária à conscientização. Tudo será possível com os agentes de trânsito trabalhando na organização, orientação em locais estratégicos e, se necessário, a punição. Não basta ficar em pontos estratégicos multando.
Sem educação, organização, conscientização, jamais Porto Velho terá um trânsito à altura da capital. E tudo deve ter início pelas campanhas de conscientização, inclusive das crianças, para elas chamem a atenção dos pais que “furam sinais”, estacionam em fila dupla, em parada de ônibus e abusa da velocidade.