Publicada em 04/02/2022 às 09h38
Os artistas contemplados para captação de recursos por meio da Lei de Emergência Cultural (Lei Aldir Blanc) já estão executando os projetos. Segundo a Fundação Cultural de Ji-Paraná (FCJP), foram realizados repasses para 49 inscrições e o investimento é de aproximadamente R$ 500 mil
O artista e produtor cultural Carlos Reis está desenvolvendo o documentário “Devoção – A Folia de Reis em Ji-Paraná”. O projeto, que está em fase de edição, é roteirizado e dirigido pelo próprio artista, exibindo imagens e entrevistas de foliões da Companhia de Santos Reis
“O projeto é uma ideia antiga e que, agora, podemos realizar. É um documentário sobre a Folia de Reis em Ji-Paraná, destacando a questão devocional, tanto do folião, quanto daqueles que recebem a bandeira”, explicou Carlos Reis
Além do documentário de cerca de 20 minutos de duração, que será lançado no YouTube, no dia 18 de fevereiro, Carlos Reis também auxiliou os demais artistas comtemplados, prestando serviço de assessoria e consultoria dos projetos
“Essa é uma bandeira que eu defendo, de que sozinhos não fazemos arte, deve ser coletivo. Pela primeira vez, temos a Lei Aldir Blanc em Ji-Paraná, é algo muito novo. Percebi que muitos artistas não participaram por desconhecer a lei, então, foi a partir daí, que entrei com meu trabalho, assessorando quem tinha dúvidas”, detalhou Reis
Por meio da exposição “Grafite é uma Arte”, Cláudio Silveira mostrou que o grafite pode ser usado como incentivador artístico em comunidades carentes e nas escolas de Ji-Paraná
“Eu vejo um muro e já imagino o que dá para ser feito ali. Isso tem tudo a ver com a alma do artista. O artista quer sempre fazer algo que apareça para o bem da comunidade, esse é o verdadeiro artista”, afirmou Cláudio Silveira.
Lei Aldir Blanc
A Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da FCJP, contemplou 49 projetos artísticos para a captação de recursos da Lei Aldir Blanc. O edital foi lançado para beneficiar iniciativas artísticas de todas as linhagens, como teatro, dança, música, cinema, literatura, artes visuais, artesãos e também trabalhadores da Cultura, como por exemplo professores de artes, técnicos de som e capoeiristas, por exemplo
“O setor cultural foi um dos mais atingidos durante a pandemia, por conta dos fechamentos de espaços como teatros, casas de show e espaços para feiras de artesanato. A Lei Aldir Blanc surgiu como um socorro à classe artística neste momento de pandemia”, garantiu o presidente da FCJP, Paulo Sérgio Moura (Serginho)
O recurso de R$ 500 mil foi pago no mês de dezembro e os artistas têm o prazo de até três meses para a execução dos projetos, que vão desde apresentações artísticas, lançamentos de livros, realização de cursos e oficinas e a filmagem de curtas-metragens
Os aprovados também devem ficar atentos ao prazo para apresentação da prestação de contas e ao uso das marcas na divulgação dos projetos artísticos, conforme o Edital 007/2021 da Fundação Cultural
“Toda a exibição dos projetos será de forma virtual, devido à pandemia, e o material produzido será entregue à FCJP, em formato de vídeo, que será disponibilizado nas plataformas digitais da Fundação de forma gratuita”, afirmou o presidente
O recurso foi dividido em 40 prêmios de R$ 12.287,00 cada, para projetos de artes cênicas, cinema e música; dois prêmios de R$ 5 mil para obras de literatura e outras sete premiações de R$ 1.900 para artesanatos e trabalhadores culturais.