Publicada em 19/02/2022 às 10h16
Em outubro próximo ocorrerão as eleições gerais a presidente da República, governadores e seus respectivos vices; uma das três vagas no Senado de cada Estado e do Distrito Federal e Assembleias Legislativas. Não teremos eleições a prefeito, vice e vereadores, que foram realizadas em novembro de 2021.
A sucessão estadual é o assunto predominante em Rondônia. São vários os nomes em condições de chegar ao posto máximo do executivo estadual e. com o fim das coligações e confirmação das federações, as dificuldades para se eleger, não importa o cargo, aumentaram de forma significativa.
Os dirigentes partidários estão encontrando sérios problemas para composição das chapas. Como hoje são eleitos somente os mais bem votados para os cargos proporcionais (senador e deputados) as dificuldades são imensas para se conseguir formatar um grupo. Com as coligações, os políticos “bons de votos” eram bem-vindos. Além de normalmente essas lideranças políticas conseguirem se elegerem, ou reelegerem, ajudavam a levar coligados, mesmo com votação bem inferior. Em Rondônia temos deputados, que tiveram menos de 8 mil votos e vários candidatos com votação entre 9 mil e 10 mil votos, que ficaram na suplência.
Com as federações, aprovadas para as eleições deste ano, isso não ocorrerá, porque serão eleitos os mais bem votados de cada partido, desde que sejam observados o quociente eleitoral e a cláusula de barreira. Quem tem potencial eleitoral é rejeitado, porque os demais terão chances mínimas de se elegerem e servirão somente como “escada”.
Mas o assunto principal é a sucessão estadual. Temos vários nomes em condições de ser vitorioso nas urnas este ano. Um deles o governador Marcos Rocha, presidente regional do União Brasil, criado recentemente. Rocha é pré-candidato e há tempo vem se preparando para as convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto), que apontarão os candidatos aos diversos cargos que estarão em disputa este ano.
Um dos assuntos predominantes nos meios políticos durante a semana foi a possibilidade de uma união entre Marcos Rocha e o prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves, ainda, no PSDB, para as eleições deste ano. Não está descartada uma aliança entre as duas lideranças.
Como Hildon já descartou a possibilidade de uma candidatura a governador, como queriam as lideranças tucanas, uma união entre Rocha e o prefeito do maior colégio eleitoral do Estado, Porto Velho, mais de 330 mil eleitores em novembro de 2020, Hildon Chaves, que teria como destino o PSD, presidido no Estado pelo deputado federal Expedito Netto cresce entre os dirigentes partidários. As negociações estão adiantadas.
E a provável aliança tem fundamento. Uma das condições seria a pré-candidatura da primeira dama de Porto Velho, Ieda Chaves, que não tem cargo público, mas é peça da maior importância na administração Hildon Chaves. Seu trabalho social é ótimo, por isso muito elogiado e ela é muito querida junto as camadas mais humildes da população, porque ajuda muito e nada pede em troca por isso. É uma liderança social de destaque.
É sempre importante lembrar, que Hildon Chaves, desde o primeiro mandato não recebe salários mensal, que são aplicados, integralmente, pela esposa ieda na área social do município favorecendo entidades beneficentes, associações de bairros e produtores rurais, por exemplo.
Recentemente na aplicação do programa “Tchau Poeira” em Porto Velho, que também está sendo desenvolvido na maioria dos municípios, sem preocupação da sigla partidária, Chaves teceu elogios públicos a Rocha. O apoio do governo do Estado no “Tchau Poeira”, reconstrução do Distrito Industrial e na concessão da nova rodoviária foram ressaltados pelo prefeito da capital.
O começo de ano está sendo muito difícil para a administração de Porto Velho. As chuvas intensas deste mês de fevereiro ampliaram os problemas de manutenção de ruas e avenidas com os buracos tomando conta da maioria delas. E o agravante: a inércia da Secretaria Municipal de Obras (Semob), que está ignorando a situação e sem um trabalho eficiente, para que os pequenos buracos, do início do mês, não se transformem em valetas, como ocorre em razão da incompetência (ou negligência) dos dirigentes da Semob.
A possibilidade, real, de uma composição entre Marcos Rocha e Hildon Chaves será fundamental para o futuro de Porto Velho. O município está precisando de sustentação do governo do Estado na recuperação e preservação das ruas e avenidas, após o inverno amazônico (chuvas) e isso deverá ocorrer em breve. O município já tem apoio hoje, mas terá muito mais com uma união entre governador e prefeito. O favorecido é o povo.
O ex-senador Expedito Júnior, que é pré-candidato ao Senado e padrinho político de Hildon Chaves, assim como foi de Ivo Cassol, será beneficiado na união entre Rocha/Chaves. Teria o apoio do governador na sua investida na pré-candidatura ao Senado e Rocha, ainda, “mataria no ninho” seu arqui-inimigo, Jaime Bagattoli, que concorreu ao Senado em 2018 e não se elegeu, mesmo sendo uma das figuras que mais se beneficiou da popularidade de Bolsonaro, que se elegeu presidente. Bagattoli perdeu a segunda vaga do Senado para Confúcio Moura (MDB), por 18.284 votos. Apoiando Júnior, Rocha daria “o troco” a Bagattoli, que é pré-candidato ao Senado, que, após as eleições de 2018, mesmo sem mandato, queria governar o Estado e ficou fora da administração estadual.