Publicada em 01/02/2022 às 10h58
Porto Velho, RO – O advogado e professor universitário Vinícius Miguel, secretário municipal de Agricultura em Porto Velho, é uma recém-surgida força política em Rondônia.
Já atuava há bastante tempo, desde cedo, na condição de coadjuvante no estado como defensor de pautas relacionadas especialmente a direitos humanos, entretanto, na penumbra, sem chamar a atenção.
“Explodiu” do umbigo para fora após o resultado do primeiro turno das eleições de 2018, quando tornou-se o campeão de votos na Capital ao tentar mandar no Palácio Rio Madeira.
Suas convicções pessoais e sociais não são novidades. O diferencial é que conseguiu passar praticamente incólume pela polarização que impulsionou a direita mais contumaz ao Poder com o bolsonarismo e seus adeptos.
A rejeição de parte da opinião pública veio, como para todos os homens públicos que se tornam vidraça, mas não suficiente para frear seus ímpetos. Na realidade, ínfima. Capenga.
Prova disso é que se colocou mais uma vez à apreciação em 2020 quando batalhou pela Prefeitura de Porto Velho. Terminou em terceiro lugar deixando 12 outros postulantes para trás.
Seus resultados causaram um insight em Chaves, reeleito, e sua trupe, fazendo com que ele fosse convocado a participar da nova administração.
Primeiro, foi testado Secretaria Municipal de Integração e Desenvolvimento Distrital (SMD) e em seguida enviado para mandar na complexa pasta de Agricultura (SEMAGRIC), onde está até hoje, desenvolvendo um manejo técnico, fiscalizatório e promovendo profundas mudanças no serviço prestado. Se para o bem ou mal, o tempo dirá.
Seu destino na vida pública é o "X da questão". Abalroado nas redes sociais e absorvendo críticas prematuras, os bastidores, lado outro, se movem na direção contrária.
Caciques regionais se mobilizam todos os dias a fim de cooptá-lo.
E ele garante abertura ao diálogo.
Vai conversar com todas as autoridades e demais dirigentes partidários que quiserem ouvi-lo. Agora, garante, “não há nada sacramentado”.
Como, por exemplo, a notícia de que lideraria um frentão da esquerda como possível candidato à sucessão de Coronel Marcos Rocha.
Vinícius Miguel, de fato, conversou com o PT e demais legendas consideradas do espectro canhoto, mas o malhete não foi batido até porque a legenda vermelha tem intenção de lançar Anselmo de Jesus como postulante.
O agente promissor, hoje presidente do Cidadania rondoniense, está atento ao jogo: e quem o observa, idem. Ele não quer sair. Mas a força para puxá-lo é forte, seja para onde for.
Com o arrefecimento das questões ideológicas como mote de votação e exsurgidas no cenário prático diversas urgências reais, ele volta ao tabuleiro com histórico o suficiente para fazer frente aos potenciais adversários.
Agora, é apreciar os convites e conter as tentações e a vaidade para evitar o passo maior do que a perna. Já sobre quem o vê, ignorá-lo pode ser erro crasso.