Publicada em 24/02/2022 às 10h52
Entidades assistenciais em Porto Velho assumem suporte a imigrantes e refugiados com recursos e atuará em parceria para a aplicação do recurso
Nos últimos anos, muitos refugiados venezuelanos e imigrantes de outros países passaram a usar o município de Porto Velho como rota de passagem ou local fixo para o início de uma nova vida. Pensando nisso, a Prefeitura destina recursos para ampliar o atendimento a essa população que chega à cidade.
No início desta semana, o município firmou um Termo de Colaboração com duas entidades para fortalecer o serviço assistencial. O valor investido nas ações é de R$ 1,8 milhão, destinado à Cáritas Arquidiocesana de Porto Velho e à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) que, juntas, vão gerir e aplicar o recurso.
Para o prefeito Hildon Chaves, o repasse vai contribuir para um suporte que a gestão municipal já vem realizando, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf). Porém, diante da alta demanda, a Prefeitura compreendeu a necessidade de maior expertise nesse tipo de ação.
“Ambas têm trabalhos realizados em várias partes do mundo, principalmente no acolhimento de refugiados. Porto Velho tem sido destino de diversos deles, principalmente da Venezuela. Desta maneira, abrimos dois editais com recursos necessários para manter esse trabalho aos nossos irmãos pelo período de um ano. Celebramos e trazemos essa parceria para promover o melhor acolhimento possível”, reconhece.
IMIGRANTE INDÍGENA
Com 13 anos de presença atuante no cuidado com as vulnerabilidades sociais, a Cáritas Arquidiocesana de Porto Velho ganha um incentivo ainda maior para atuar na capital. O serviço se dará, principalmente, com o atendimento ao povo indígena Warao.
“Nós, desde 2018, quando eles chegaram por aqui, promovemos esse acompanhamento na saúde, proteção, educação e com o apoio para diminuir a vulnerabilidade. Agora, podemos ampliar toda essa ação com uma equipe contratada e estamos trabalhando para isso acontecer”, disse Irmã Celi Gonçalves de Souza, diretora da Cáritas Arquidiocesana.
IMIGRANTE NÃO INDÍGENA
A Adra atua com o desenvolvimento humano em Porto Velho desde 2019. Segundo o pastor Emerson Campanholo, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Rondônia e Acre, a instituição já vinha buscando compreender as necessidades de pessoas vulneráveis e imigrantes.
Emerson Campanholo, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em RO“Essa parceria é muito importante, pois vamos avançar não somente na direção daqueles que moram em Porto Velho, mas nos que se dirigem à nossa cidade com o intuito de reconstruir suas vidas. O trabalho não é catequizar, mas ensinar os princípios de caráter e valores humanos ajudando a se desenvolver no dia a dia”, afirma.
Entre as ações a serem executadas, está o suporte através de uma casa de passagem para atender a cerca de 40 pessoas, inicialmente, com acolhimento psicológico, capacitação e inserção ao mercado de trabalho, além da segurança alimentar.
SUPORTE PERMANENTE
Segundo o titular da Semasf, Claudi Rocha, a expectativa das entidades é de que as famílias tenham a sua própria autonomia e que possam conseguir conquistar seus direitos. “A Semasf seguirá atuando em parceria com os projetos no auxílio às necessidades para a boa execução dos recursos. Cada entidade já conta com R$ 900 mil garantidos e o termo poderá ser prorrogado por igual período para fins de cumprimento da execução”, informa.
REGISTROS
A assinatura do Termo de Colaboração ocorreu com a presença do arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, que é líder da Igreja Católica e, do pastor João Paulo Dias de Carvalho, diretor regional da Adra em Rondônia e Acre, no Prédio do Relógio, sede da Prefeitura de Porto Velho.