Publicada em 22/02/2022 às 09h50
A Defesa Civil de Ji-Paraná emitiu o alerta vermelho sobre o nível do rio Machado, após as águas superarem a marca de 11 metros de profundidade, de acordo com o acompanhamento em tempo real realizado pela Agência Nacional das Águas (ANA).
Nesta segunda-feira (21), o rio Machado chegou a 11,60 metros, fazendo com que cerca de 50 famílias precisassem deixar as casas, sendo que boa parte dessas famílias deixaram as residências por conta própria, buscando abrigo nas casas de familiares.
Durante o fim de semana, a Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros resgataram as famílias em situação de risco que solicitaram socorro por meio do 193, telefone de emergência dos Bombeiros.
A coordenadora da Defesa Civil de Ji-Paraná, Meire Zanettin Moura, explicou que o órgão monitora também a cabeceira do rio Machado, no município de Pimenta Bueno, assim como os afluentes em Cacoal e Rolim de Moura.
“O monitoramento do nível do Machado é feito em tempo real, por meio do aplicativo da ANA. Pedimos para que as famílias ribeirinhas não deixem para sair de casa na última hora, que acionem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil assim que o rio atingir as casas. Também é importante se lembrar dos documentos pessoais e das medicações de uso contínuo”, pediu Meire.
Na manhã de segunda, o nível dos rios Pimenta Bueno e Barão de Melgaço, no município de Pimenta Bueno, começaram a baixar. Com essa queda, a perspectiva é de que o nível do rio Machado, em Ji-Paraná, também comece a baixar nos próximos dias.
“Conseguimos prever o que vai acontecer em Ji-Paraná, de acordo com o que ocorre em Cacoal e Pimenta Bueno. Como lá os rios estão baixando, a previsão é de que o nível do Machado também comece a diminuir por aqui”, explicou a coordenadora da Defesa Civil de Ji-Paraná.
A titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Ana Maria Santos Vizeli, explicou que, até o momento, das 50 famílias resgatadas, apenas uma precisou ser alojada no Adão Lamota, no segundo distrito. As outras famílias foram encaminhadas para casas de familiares e poderão retornar aos lares quando as águas baixarem.
“A Semasf disponibiliza cinco refeições diárias aos membros dessa família, além do atendimento psicológico. Também realizamos um trabalho de recreação com as crianças, por meio do Programa Criança Feliz”, detalhou Ana Maria.