Publicada em 12/02/2022 às 10h30
A frase dita pelo prefeito da capital, Hildon Chaves (PSDB), na campanha de 2016, quando foi eleito, até de forma surpreendente, pois nunca tinha participado diretamente do sistema político-partidário foi importante mote de campanha. Candidatos considerados como favoritos foram derrotados, Hildon assumiu e realizou um trabalho eficiente, que o condicionou a concorrer à reeleição com sucesso em 2020.
Os cuidados com a pavimentação no centro, nos bairros e até nos distritos foram prioridades no primeiro mandato de Hildon e de sua equipe, que pouco mudou, após a reeleição. Menos o sistema de trabalho, que regrediu. O recape asfáltico, que é feito até hoje, é da melhor qualidade e o ”tapa-buracos”, que é um paliativo resolvia os problemas nos períodos de inverno amazônico (chuvas), como agora. Durante vários meses chove torrencialmente quase todos os dias em Rondônia. É um clima diferenciado onde só temos o “verão”, quando pouco chove durante meses, e o “inverno”, de chuvas quase que diária, durante meses.
É a Amazônia, cobiçada pelo mundo.
A maioria das ruas e avenidas da capital estava em boas condições de tráfego, antes das chuvas, que tiveram início em agosto último. Os trabalhos de recape e pavimentação em vários bairros funcionavam regularmente, mantendo a malha viária adequada para um trânsito seguro, além de ampliação da pavimentação asfáltica. Ótimo.
Com a chegada do inverno amazônico no segundo semestre de 2021, o questionável trabalho de “tapa-buracos”, mas necessário, porque evita um problema futuro não acompanhou o processo de deterioração do pavimento asfáltico existente, deixando boa parte das ruas e avenidas da capital intransitável. Por que a Secretaria Municipal de Obras (Semob), responsável pela conservação e ampliação da malha viária da cidade não está atuando como nos anos anteriores?
Parte significativa da malha asfáltica de Porto Velho está quase que totalmente condenada. Nas imediações dos bairros Alphaville, Rio Madeira, Nova Esperança têm ruas onde o asfalto desapareceu, porque não houve a preocupação em fechar os buracos, favorecendo para que as chuvas, volumosas do inverno amazônico formassem de o pavimento um buraco só. Várias ruas desses bairros estão com o trânsito bastante comprometido, favorecendo acidentes e destruindo os veículos.
Moradores de bairros importantes como Três Marias, São Francisco, Ulysses Guimarães, JK também clamam por ações emergenciais da Semob, assim como praticamente toda a zona Leste, um dos mais importantes centros comercial, social e econômico da cidade. Por que esse descaso? A Semob deixou de funcionar com eficiência. Quais os motivos?
A Avenida Guaporé, uma das mais importantes da cidade também está quase que totalmente comprometida. O que está acontecendo na Semob? Desaprenderam a trabalhar?
O compromisso público do prefeito Hildon, com a frase “Porto Velho, deixa eu cuidar de você” não pode ser esquecido neste segundo mandato, devido à falta de uma ação mais efetiva da Semob. Se o setor funcionou tão bem nos primeiros quatro anos e nos oito meses do segundo mandato, qual o motivo que a secretaria perdeu celeridade e eficiência nas ações emergenciais na cidade e nos distritos, que também clamam pela conservação do pavimento asfáltico?
Outro problema sério é o saneamento básico, que é crônico. Mas é assunto para ser abordado em outra ocasião, pois hoje a prioridade é a pavimentação da pujante Porto Velho, município maior que alguns Estados brasileiros e países e com mais de 7 mil quilômetros de estradas vicinais. Administrá-lo não é missão das mais fáceis. Mas...