Publicada em 25/02/2022 às 08h43
ESCÂNDALOS, CORRUPÇÃO NA PANDEMIA E IMPUNIDADE GENERALIZADA. SERÁ QUE UM DIA VALERÁ A PENA SER HONESTO NESTE PAÍS?
Um dia, quando este Brasil se transformar num país sério, com leis duras contra criminosos e corruptos, todas as maldades que estão sendo cometidas hoje, a maioria delas impunemente, servirão, ao menos, para contar às futuras gerações como fomos complacentes com o bandidagem e com os assaltantes do dinheiro público. Afora rápidos escândalos, que logo caem no esquecimento pelo próximo que já vai chegar, praticamente nada acontece com essa laia de ladrões, que transformou o nosso dinheiro, o dos nossos impostos e do nosso suor, em propriedade privada. Já houve esperança, mas ela foi embora rapidinho!
Quando apareceu uma luz no fim do túnel; quando se imaginava que as punições dos criminosos começariam, o que se assistiu foi uma imensa inversão de valores, com os juízes e promotores que tentaram fazer uma limpeza na corrupção nacional sendo tratados como criminosos e os assaltantes dos nossos cofres, transformados em pobres vítimas. Mas, a grande esperança é de que um dia, tudo isso mude e que nos tornemos, enfim, um país decente, com leis decentes, com punições decentes e com apenas pessoas do bem na vida pública. Até lá, vamos viver sob esse caos de tratar criminosos como pobres coitados. Por isso, que não se tenha ilusões de que os escândalos protagonizados por governos acusados de corrupção, assessores e empresários, recebam a punição que receberiam em qualquer país decente.
O último exemplo vem de São Paulo, onde a Polícia detectou, o Ministério Público denunciou e a Justiça mandou investigar, nada menos de 63 milhões de reais, desviados de compras superfaturadas de respiradores.
Vários outros casos denunciados ficaram por isso mesmo, ao menos até agora. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte produziu uma longa CPI sobre o “Consórcio Nordeste”, reunindo governadores de vários Estados da região, seus assessores e empresas que intermediaram negócios durante a compra de bilhões de reais em equipamentos, durante a pandemia. O resultado foi de apavorar qualquer brasileiro decente.
O que se denunciou de desvios de dinheiro público pelo famigerado consórcio é inacreditável. A resposta básica de rodos os denunciados é a mesma de sempre: “tudo isso, essas denúncias, não passam de perseguição política!” A CPI pediu, por exemplo, o indiciamento do governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa, e do ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster. Nada aconteceu.
O único resultado prático, até agora, foi a devolução de quase 5 milhões de reais ao governo do Rio Grande do Norte, que pagou adiantado por respiradores que nunca recebeu. Assim, de escândalo em escândalo, de impunidade em impunidade, vamos vivendo, entre roubos e corrupções. A esperança, tênue, é de que um dia tudo isso mude e que, finalmente, valha realmente a pena ser honesto neste país!
ROCHA, VINICIUS, LÉO MORAES, ANSELMO E PIMENTA: JÁ SÃO CINCO OS NOMES NA CORRIDA AO GOVERNO
A corrida ao governo começa mesmo a esquentar. Nos últimos dias, as alternativas se sucederam, mesmo que algumas outras ainda estejam indefinidas. A decisão sobre se Cassol poderá ou não concorrer ainda vai levar algum tempo. O senador Marcos Rogério só entra na disputa, caso não seja convidado para um Ministério, pelo presidente Jair Bolsonaro, quando onze dos atuais ministros deixarem seus cargos para a disputa eleitoral de outubro. O caso desses dois pesos pesados da política ainda colocará a disputa rondoniense em espera durante algum tempo, porque se ambos entrarem o quadro será completamente diferente do que o é hoje. Temos, neste momento, algumas candidaturas prontas, a começar pelo governador Marcos Rocha, candidatíssimo à reeleição. Também está definido o nome do Partido dos Trabalhadores, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus. Nesta semana, entrou na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA o advogado e professor Vinicius Miguel. Está chegando também Pimenta de Rondônia, que participa de todas as eleições pelo PSOL, mesmo que tenha chances perto do zero. Léo Moraes deve entrar nesse grupo nos próximos dias. Ou seja, a disputa será duríssima, seja sob qual cenário que se for analisar. Quem, a partir de janeiro de 2023, sentará na cadeira de Rocha? Ele mesmo ou algum dos seus adversários?
MELHOR PERFORMANCE EM RONDÔNIA, COM QUASE 70 MIL VOTOS, LÉO MORAES DIZ QUE SÓ ENTRA EM ELEIÇÃO PARA GANHAR
O deputado Léo Moraes disse ao Blog, nesta quinta, que, ao entrar numa disputa eleitoral, jamais pensa em tornar sua decisão apenas como uma postulação para consolidar liderança. “Se sair – afirmou - será para disputar mesmo, até porque nunca entrei numa disputa pensando sequer em empatar”. Léo reforça que ainda não tem decisão sobre qual o cargo que irá concorrer. Lembrou, por exemplo, que “a disputa pelo Senado está em aberto”, mas garantiu: seja qual for o caminho que tomará, sempre o fará “combinando com o povo”, destacando que foi dessa forma que disputou sua vitoriosa eleição ao Congresso, em 2018. Léo tem sido um nome importante na política rondoniense, principalmente depois de sua grande votação para a Câmara Federal, essencialmente em Porto Velho, onde teve 65.565 votos, 30 mil a mais, por exemplo, que o segundo mais votado, o também eleito Expedito Netto (39.952 votos). Com a performance de o mais votado em Rondônia, com grande percentual dos seus voto na Capital, Léo Moraes se credenciou a disputar a Prefeitura de Porto Velho novamente. Contudo, decidiu concluir seu mandato na Câmara, onde tem tido atuação destacada, principalmente dentro da bancada do Podemos, seu partido. Em relação à disputa deste ano, o jovem parlamentar, ainda comemorando o nascimento da sua filha, vai aguardar mais algum tempo, antes de se definir. Se a decisão fosse hoje, ele optaria pelo Senado. Mas tudo pode mudar.
GUERRA PODE AFETAR NOSSO AGRONEGÓCIO, QUE DEPENDE DOS FERTILIZANTES RUSSOS PARA SE MANTER CRESCENDO
A guerra entre Rússia e Ucrânia, embora tão distante no Mapa Mundi, pode estar muito mais perto de nós, quando se aborda a nossa dependência russa em relação aos fertilizantes e defensivos agrícolas, que importamos aos borbotões daquele país, para manter o agronegócio brasileiro funcionando. Desde que a primeira bomba caiu na Ucrânia, grandes produtores brasileiros, entre aqueles que abastecem com alimentos um em cada sete habitante deste Planeta, começaram a ter calafrios. Se a produção de defensivos cair, por causa da guerra ou se houver um bloqueio mundial aos produtos da Rússia, como boicote pelo ataque ao seu vizinho, isso atinge em cheio nosso agronegócio, inclusive aqui em Rondônia. Nesse momento, para piorar a situação, não teríamos nem como importar ureia da Bolívia, por exemplo, porque a produção dos nossos vizinhos está momentaneamente paralisada. Enfim, esse conflito na Ásia, que pode se tornar muito pior, com envolvimento de outros países, é uma péssima notícia para todo o Planeta. Ainda estamos enfrentando a maior pandemia da história recente da Humanidade e tudo o que não se poderia imaginar seria, neste momento, uma conflagração que pode se tornar a terceira guerra mundial, o que pode significar, sem exagero, uma tragédia sem precedentes para o mundo todo. Torçamos, pois, para que não haja um conflito maior do que o que já começou...
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