Publicada em 12/02/2022 às 09h49
Porto Velho, RO – Rondônia foi o terceiro estado brasileiro que mais votou em Jair Bolsonaro para presidente nas eleições de 2018 levando em conta a contenda do segundo turno contra o petista Fernando Haddad.
Na fase inicial daquela eleição, proporcionalmente falando, só Santa Catarina (65,8%), Roraima (62,9%) e Acre (62,3%) votaram mais no conservador do que os rondonienses.
Já na etapa derradeira, que coroou o capitão reformado do Exército, apenas acrianos (77,1%) e catarinenses (75,9%) confirmaram mais o nome dele do que o povo das terras de Rondon (72,1%).
A onda foi devastadora, “varreu” o País, e culminou com a chegada do bolsonarismo ao Poder; junto com o novo regente da União, uma enxurrada de representantes novos no Congresso Nacional.
Seu antigo partido, o PSL, hoje fundido com o DEM e transformado no União Brasil, consagrou uma bancada de 52 pessoas, atrás apenas do seu algoz principal na política, o PT, com 54 à ocasão.
Um fenômeno. Causado principalmente pelo vácuo de representatividade democrática deixado pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, onde o Brasil enfrenteu um melancólico período sob as rédeas do emedebista Michel Temer.
Desde que o capitão chegou ao Planalto e passou a morar no Palácio do Alvorada, já se passaram quatro anos e 2022, como de praxe, cidadãos e cidadãs irão às urnas a fim de definir os rumos da nação.
Com o regresso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à aptão eleitoral, o jogo mudou bastante de lá para cá porque a velha polarização aparentemente não está mais tão desequilibrada quanto antes em termos de opções.
Aquele clima de “já ganhou” não existe mais: na realidade, é justamente o contrário.
De acordo veiculação da versão online da revista VEJA, Bolsonaro ganha de Lula só em uma região do país.
O informação é baseada no agregador de pesquisas eleitorais do Instituto Locomotiva mostrando “cenário bastante desvantajoso para o presidente na maior parte do Brasil”, diz a matéria.
E logo no primeiro parágrafo já eviscera a situação dele na Região Norte, incluindo Rondônia:
“Enquanto Jair Bolsonaro vem perdendo de goleada para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto da região Nordeste, e sofrendo derrotas também em Sudeste e Norte, ao menos em uma região do país ele pode tomar um pouco de fôlego: o Centro-Oeste. Na região Sul, o capitão reformado do Exército e o ex-líder sindical estão tecnicamente empatados”, anota.
Em suma, esse cotejamento agregado de pesquisas eleitorais ou é, como na cabeça dos amantes do presidente Jair Bolsonaro, uma enorme teia de teoria da conspiração, ou, bem, no mínimo algo atrelado à realidade.
O parâmetro serve para estas paragens do poente também. É perceptível que agora apoiadores de Lula estão mais confortável para emitirem opiniões na Internet, especialmente nas redes sociais.
E no final, Bolsonaro não “nadará mais de braçada” como o fez lá atrás: agora, pela primeira vez, terá de dar a cara a tapa, participar dos debates, mostrar feitos na prática e esquecer um pouco do discurso vazio e ideológio porque este, desta vez, não vai colar.