Publicada em 09/03/2022 às 10h23
Março é o mês das mulheres, e o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que desde setembro de 2021 tem uma mulher como presidenta, traz à tona uma questão que, para a entidade sindical, é de fundamental importância para todos os debates da sociedade rondoniense e brasileira.
“Nós, mulheres, precisamos abandonar de vez esta cultura de que somos lembradas, evidenciadas e enaltecidas somente no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Não podemos aceitar que representamos, para o mundo e para nós mesmas, apenas uma data. Somos a maioria na sociedade brasileira. Somos maioria na população como um todo, somos a maioria no eleitorado, somos a maioria nos lares, a maioria nos locais de trabalho do ramo financeiro, e ainda assim não entendemos – ou não assumimos – o nosso papel como protagonistas. Mesmo sendo a maioria, ainda não somos respeitadas, não somos valorizadas, e ainda que tenhamos, muitas vezes, um grau de instrução maior do que a maioria dos homens, seja nos bancos ou nas cooperativas de crédito, ainda assim raramente assumimos os maiores cargos e funções de confiança, e quando assumimos, o nosso salário jamais é igual aos dos homens nos mesmos cargos e funções”, enfatiza Ivone Colombo, presidenta do SEEB-RO.
Para a dirigente, o destino das cidades, dos estados e do país, seja no aspecto econômico, social, religioso, cultural ou político, passa – ou deveria passar – principalmente pela atuação firme e presente das mulheres.
“Estamos numa pandemia que, infelizmente parece não ter fim. Um cenário que trouxe morte para muitos rondonienses e milhares de brasileiros, e quem mais sofreu com os danos colaterais da crise econômica do país (agravada pela pandemia) foram as mulheres, que perderam emprego, perderam companheiros, perderam famílias, perderam até mesmo o direito de ir às ruas lutar pelos seus direitos. Por isso precisamos, neste ano eleitoral, refletir com bastante cuidado sobre o Brasil que queremos para os próximos anos. É imperativo que elejamos pessoas (deputados estaduais, deputados federais, senadores e um Presidente da República) que, a partir de 2023, representem, de fato, a bandeira de defesa e valorização das mulheres brasileiras”, concluiu Ivone.