Publicada em 02/03/2022 às 10h04
O sexto dia de guerra na Ucrânia contou com uma mudança de tom por parte do governo chinês diante do conflito. Um dia após o encontro que tentou produzir, sem sucesso, um acordo entre a Rússia e o país invadido, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, que o país estaria disposto a “buscar uma solução pacífica” por meio de tratativas diplomáticas que deem fim aos combates.
A notícia veio depois que os dois interlocutores conversaram por telefone. Sem classificar exatamente a ofensiva russa como “invasão”, o mandatário chinês afirmou que o país oriental respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países. Também fez coro para que os dois envolvidos na guerra solucionem o conflito por meio de negociações.
Até então, a conduta da China em relação ao assunto era tida como discreta, mas com acenos críticos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Aliada da Rússia, a potência oriental também havia evitado censurar Putin durante as agendas do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
Essa foi a primeira vez em que Wang Yi e Kuleba conversaram após a deflagração da operação das tropas russas, na última quinta (24). Na ocasião, este último fez um apelo para que o chanceler chinês se utilize da relação estreita com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar frear o combate armado.