Publicada em 08/03/2022 às 12h11
A demora por uma solução para o preço dos combustíveis no mercado interno coloca o Brasil em risco de um possível desabastecimento, principalmente de diesel, produto que depende de importação. Anualmente, cerca de 300 navios com óleo diesel chegam aos portos brasileiros, com uma média de 1,5 bilhão de litros por mês. Sem poder repassar a alta do preço internacional para os postos de abastecimento, as importações podem ser suspensas, até que o mercado se normalize.
Os preços do diesel e da gasolina nas refinarias da Petrobras fecharam na segunda-feira, 7, com defasagem de 51% e 35%, respectivamente, em relação ao mercado internacional, segundo levantamento do consultor em Gerenciamento de Risco da consultoria StoneX, Pedro Shinzato. O cálculo leva em conta o preço do petróleo, a cotação do dólar e o preço do frete que seria pago na importação do produto. Na madrugada de segunda, o petróleo chegou a atingir US$ 139,13 o barril do tipo Brent para contratos de maio, mas recuou ao longo do dia e fechou cotado a US$ 123,21 o barril.
O governo sente a gravidade do problema e tenta uma saída para evitar o repasse dessa defasagem para o consumidor final, aliviando uma pressão inflacionária. A expectativa é de que alguma decisão seja tomada até sexta-feira, ou as importações de diesel podem ser inviabilizadas por um prazo mais longo e colocar o abastecimento do País em risco... Materia completa aqui.