Publicada em 26/03/2022 às 11h11
Os deputados federais e estaduais que pretendam mudar de partido, dentro da janela de migração partidária (3 de março a 1º de abril) terão somente até a próxima sexta-feira (1º) para decidirem. É que o calendário eleitoral prevê a possibilidade de a mudança de partido sem a perda do mandato, por infidelidade partidária com relação as eleições gerais de outubro próximo no período de 3 de março a 1º de abril.
Em Rondônia a possibilidade de mudança, até a reta final do prazo não sensibilizou a maioria dos políticos. Poucos utilizaram o mecanismo legal para trocar de partido.
O deputado Anderson Pereira, deixou o Pros e se filiou ao Republicanos, presidido no Estado pelo presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Alex Redano e já assumiu o compromisso de uma pré-candidatura a deputado federal.
Luizinho Goebel, líder do governo do Estado na Ale-RO deixou o PV, para se filiar ao PSC e pretende concorrer à reeleição. Seu nome está sendo muito comentado para assumir vaga no Tribunal de Contas (TC), mas é assunto, que deverá ser resolvido nas próximas semanas.
É praticamente certa a saída do ex-presidente da Ale-RO, deputado Laerte Gomes para o PSD, que tem na presidência o deputado federal Expedito Netto, filho do seu compadre, o ex-senador Expedito Júnior, que deixou o ninho tucano, após muitos anos. Júnior deverá concorrer a única das vagas ao Senado nas eleições deste ano.
O presidente regional do Podemos, deputado federal Léo Moraes é esperado no PP, comandado em Rondônia pela deputada federal Jaqueline Cassol. Recentemente Léo Moraes firmou parceria com o grupo Cassol, que dará apoio para a sua pré-candidatura ao governo do Estado, por isso deverá deixar o Podemos.
A composição de uma nominata forte é fundamental nas eleições gerais deste ano. Sem as coligações os partidos nanicos praticamente desapareceram e os grandes têm dificuldades para carrear nomes para concorrer aos cargos proporcionais.
Outro problema enfrentado pelos partidos com o fim das coligações e possibilidades somente de federações, que agregam os partidos, mas não somam os votos, além de as parcerias nacionais terem que ser confirmadas nas regionais e fidelidade por 4 anos.
A correria para troca de partidos dos deputados federais e estaduais será imensa durante a semana. Será que a deputada federal Sílvia Cristina, do PDT terá condições de somar de 80 a 100 mil votos para se reeleger? Mauro Nazif, deputado federal e presidente do PSB no Estado conseguirá atingir o quociente eleitoral e cumprir a cláusula de barreira e conseguir mais um mandato?
A expectativa é de enorme mobilização até o próximo dia 1º de abril e, certamente teremos muitas surpresas. Como já dizia o sábio ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, que “política é como nuvem. Você olha e está de um jeito. Olha de novo e ale já mudou”, está sempre muito atual nada como dar tempo ao tempo.