Publicada em 04/03/2022 às 09h10
Porto Velho, RO – O senador de Rondônia Confúcio Moura, do MDB, falou em seu blog particular sobre a guerra desencadeada pela Rússia.
Entre outros pontos, o congressista diz chorar pela Ucrânia em decorrência da eventual perda de sua soberania.
“É líquido e certo que a Ucrânia será russa. Não há como. Há desproporção gritante. Eu sinto daqui. E sinto muito por isso. Vejo o sentimento deles derramado no desespero. Choro. Como se pode dizimar um país soberano?”, questionou.
Em seguida, arrematou:
“Ou quase soberano. Nada se pode fazer, a não ser a indignação e a vergonha. E ficar torcendo por um milagre, e que tudo seja uma ilusão”.
Já em passagem diversa, falou sobre o ressurgimento do autoritarismo no mundo fazendo alusões contemporâneas sobre figuras do passado, como Adolf Hitler e Idi Amin Dada.
“Vou me encontrar de novo com imperadores romanos. Vou me encontrar com Hitler em pleno Século XXI. Vejo Idi Amin Dada na esquina da rua. Verei o homem medieval chegando no pós-moderno. Verei o passar das civilizações e o julgamento da história”, complementou.
CONFIRA:
“Delenda Ucrânia”
Foi assim a ordem dos romanos contra Cartago: “Delenda Cartago” – destrua Cartago. E assim foi feito. Escombros e pedras. Nada mais.
Caramba!
É líquido e certo que a Ucrânia será russa. Não há como. Há desproporção gritante. Eu sinto daqui. E sinto muito por isso. Vejo o sentimento deles derramado no desespero. Choro. Como se pode dizimar um país soberano?
Ou quase soberano. Nada se pode fazer, a não ser a indignação e a vergonha. E ficar torcendo por um milagre, e que tudo seja uma ilusão.
Vou me encontrar de novo com imperadores romanos. Vou me encontrar com Hitler em pleno Século XXI. Vejo Idi Amin Dada na esquina da rua. Verei o homem medieval chegando no pós-moderno. Verei o passar das civilizações e o julgamento da história.
Vejo os persas passando na estrada, ali perto. Os mesopotâmicos guerreiros sanguinários subindo à serra. O povo sírio sofrendo. Os croatas dizimados. Vejo a fome e o desamparo. A prevalência de um poder bruto. E parece que o homem não muda. O imperioso desejo de poder na forma tribal.
A Ucrânia resiste com molotov e um desejo de forte amor patriótico. Enquanto os tanques avançam. Armas atômicas em alerta. A Ucrânia será anexada ao território russo. Ao governo russo. Inexoravelmente. E infelizmente.
Daqui meu pobre coração sente. Mas, sempre foi assim. O mais forte dominando os fracos. Anexando-os. Escravizando-os. Fica um subterrâneo de ódio guardado. Talvez, nas pedras. No DNA das futuras gerações. Enquanto, flamejará outra bandeira. E uma nova ordem. Cultura e costumes ficam adulterados. Sempre procurando a libertação. Só o tempo dirá quem ganha e quem perde.
Eu adoro a Rússia histórica na luta contra Napoleão. Adoro Dostoievski, Tolstói, Tchaikovsky. Também adoro o seu fracasso comunista. A sua ditadura cruel. E que seja breve e fracassada esta ditadura inconcebível.
Que se aperte o cinto. O bloqueio econômico radical. E tudo mais que seja antidiplomático. Tire tudo do bolso deles. Mesmo assim, a Ucrânia será bombardeada. Depois de tudo, um acordo será feito. E o tempo irá apagando as imagens. Enquanto teremos a fase da reconstrução. Ninguém deseja a terceira guerra mundial. Ninguém.
Que se atire na economia russa. E que eles necessitem de tempo para também se reconstruir. De tal forma, que a aparente vitória se transforme em derrota. Enquanto o mundo ocidental, cauteloso, não pegue suas armas, para defender um país quase desolado. A dor do povo ucraniano é a nossa dor.