Publicada em 28/03/2022 às 08h30
Cumprindo o seu primeiro mandato como deputada federal, Sílvia Cristina Amâncio Chagas, trabalha em busca da reeleição. Ela tem um histórico gratificante na vida pública, desde a eleição a vereadora em Ji-Paraná, em 2012, reeleição em 2016 e ascensão à Câmara Federal, nas eleições de 2018. Sílvia Cristina é professora –concursada– do Estado e curte muito a educação de jovens e adultos com passagem pelo Ceeja (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos de Ji-Paraná, referência no segmento.
Capixaba de nascimento, da cidade de Linhares, no Espírito Santo, mas ji-paranaense de coração, Sílvia Cristina chegou a Ji-Paraná em 2003. Iniciou na área de comunicação na Rádio Cultura de sua cidade natal atuando a área de notícias policiais e correspondente de emissoras de radiodifusão nacional, O seu primeiro emprego em Rondônia foi na Rádio Rondônia de Presidente Médici.
Sua carreira no rádio em Ji-Paraná foi na Rádio Itapirema, hoje Rádio Planalto, depois Rádio Alvorada e Rede TV Rondônia, os dois últimos do mesmo grupo de comunicação (SGC).
Em 2006, após vários exames a constatação que estava com câncer de mama. “Foi um choque”, disse ela, que foi para junto da mãe, no Espírito Santo em busca de um colo e tratamento.
Após a retirada da mama esquerda, Sílvia Cristina voltou a Ji-Paraná para cumprir o restante do protocolo de tratamento com rádio e quimioterapia. “Tudo era muito difícil, pois existia somente uma máquina e em várias oportunidades tivemos que interromper o tratamento devido à quebra do equipamento e, após o conserto, sempre demorado tinha que ser recomeçado, porque não podia ser interrompido”, disse.
Há anos Sílvia Cristina é voluntária do Hospital de Amor, de Barretos, especializado em tratamento de câncer, que tem uma unidade em Porto Velho. Ela faz parte do primeiro grupo em Rondônia, criado em 2007, e realiza um trabalho social da maior importância desde 2008, e continua exercendo a sua missão, mesmo estando a maior parte do tempo em Brasília.
Sua vida pública começou, após ingressar no grupo especial de voluntários. Pelo trabalho social dedicado e eficiente, além do programa na Rede TV! Rondônia que comandava em Ji-Paraná recebia com regularidade convites para ingressar na política. Como tudo era muito difícil na área social, continua sendo, a dependência de recursos públicos é grande, Sílvia resolveu aceitar convites dos empresários, hoje senador Acir Gurgacz e da esposa Ana, para disputar uma das vagas a vereadora em 2012. Se elegeu e em 2016 se reelegeu como a mais bem votada (1.975 votos). Em 2018 foi eleita a primeira deputada federal negra de Rondônia na Câmara Federal com mais de 33 mil votos. Na sua passagem pelo legislativo de Ji-Paraná teve 22 projetos de lei aprovados.
Sílvia Cristina diz que não tem intenção de permanecer muito mais tempo na política. A luta para buscar mais um mandato, nas eleições de outubro próximo é para
“finalizar alguns projetos que estão em andamento. Não tenho o desejo de me perenizar na vida pública, mas continuarei trabalhando nos bastidores, pois devemos dar oportunidades aos novos. Sou a favor da renovação”, disse.
A deputada federal afirma que “está feliz com sua participação na vida pública”, desde o início como vereadora em Ji-Paraná, pois conseguiu realizar o seu maior sonho, que era “construir, equipar e botar para funcionar o primeiro Centro de Prevenção e Diagnóstico de Câncer em Ji-Paraná em 14 meses inaugurado recentemente”.
O Centro que é referência no Norte do Brasil e está funcionando com apoio do Hospital de Amor de Barretos. 50 pessoas trabalham no local com acompanhamento do Hospital de Amor e funciona nos moldes do Hospital Sara Kubistchek de Brasília. Em passado recente pacientes enfrentavam um ano de fila.
Segundo Sílvia Cristina, 13,45% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. No Centro de Referência de Ji-Paraná e no que está em construção em Porto Velho com conclusão prevista para este ano o atendimento é prioridade, não importando a deficiência da pessoa. A deputada adiantou, que graças a emendas parlamentares, estão sendo adquiridas um milhão de cadeiras de rodas, andadores, cadeiras de banho, “pois não queremos que essas pessoas fiquem dependendo de terceiros e já tenha o seu equipamento”.
A construção de um hospital para atendimento paliativo é um sonho que a deputada Sílvia Cristina quer tornar realidade. Argumenta ela, que hoje, quando o paciente está em estado terminal, que nada mais a fazer na medicina, ele é entregue à família para morrer em casa. Ocorre que a maioria das famílias não tem condições de instalar em casa um micro-hospital com oxigênio, cama especial, remédios, fraldas, nutrição especial e manter um enfermeiro. “Queremos e temos a certeza que vamos conseguir amenizar a situação dessas famílias, que são muitas realizando nosso sonho”, profetiza Sílvia Cristina.