Publicada em 10/03/2022 às 11h06
Porto Velho, RO – O Estadão fez uma espécie de raio-x da vida pregressa do pecuarista Bruno Scheid, de Ji-Paraná, “apontado como principal responsável por uma arrecadação de campanha para a reeleição em um grupo de ruralistas”.
Ele já foi personagem principal em outra manchete do mesmo noticiário eletrônico nacional quando suscitou a indignação de ruralistas ao “passar o chapéu” em determinado grupo de WhatsApp a fim de arrecadar fundos para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, a veiculação conta como Scheid conquistou a confiança da primeira-dama e Carlos Bolsonaro, um dos filhos do regente do governo federal.
“Scheid também tem livre acesso ao gabinete presidencial do 3º andar do Palácio do Planalto. Na última segunda-feira, quando Bolsonaro recebeu um grupo de pecuaristas fora da agenda – o encontro só apareceu registrado no dia seguinte –, o pecuarista de Rondônia estava sentado ao lado esquerdo do presidente – na semiótica da política, uma demonstração de poder e prestígio. A reunião foi anunciada com antecedência no WhatsApp pelo próprio Scheid a possíveis doadores de campanha”, diz o texto.
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Quem é o arrecadador de campanha de Bolsonaro que conquistou Michelle e Carlos e irritou ruralistas
Em outra passagem, o jornalismo a matéria acrescenta:
“Scheid nega que tenha organizado reunião de pecuaristas no Planalto, que atue como arrecadador de Bolsonaro e até mesmo que é filiado ao PL, embora tenha compartilhado imagem de Costa Neto para anunciar sua entrada no partido”.
O Estadão destaca, por fim, que ele também figurou nas páginas policiais de Rondônia, “como autor e vítima, em situações de crimes ligados ao conflito de terras”.
E prossegue:
Em 2012, Scheid teria efetuado uma série de disparos com arma de fogo em direção a um sem-terra, em Alvorada do Oeste (RO). Denunciado pelo Ministério Público, Scheid foi absolvido em 2015, por falta de provas. Três anos depois, em 2018, uma fazenda de sua família teria sido assaltada por 15 homens armados, a 400 quilômetros de Porto Velho. O pecuarista, a mulher, Sueli Scheid, a mãe e a filha teriam sido feito reféns e abandonados na estrada. O episódio o fortaleceu politicamente no Estado”, conclui.