Publicada em 10/03/2022 às 09h55
Porto Velho, RO – Não deu nem pro começo. Apesar de em solo rondoniense tudo girar em torno do umbigo de seus personagens políticos, o julgamento de ontem (09), patrocinado pelo Supremo (STF), não tinha ligações diretas com Ivo Cassol, do Progressistas, tampouco quaisquer agentes públicos regionais engessados pela Lei da Ficha Limpa.
Seus reflexos, lado outro, sim. Por isso gerou ansiedade numa turba fanática que queria assistir ao malabarismo dos minsitros justificando eventual deformação da norma.
Entrou em cena Alexandre de Moraes jogando “água no chope” do colega Nunes Marques, cuja liminar fora derrubada, e guiando os votos dos demais pares acerca do tema.
O Pretório Excelso, no fim, rejeitou uma ação movida pelo PDT sem sequer adentrar ao mérito das alegações, conservando o diploma legal de maneira integral.
Em suma, o prazo de inelegibilidade não entrará em debate: logo Cassol – e tantos outros sentenciados –, foi “chutado” da disputa eleitoral em 2022.
E aí pegou mal também para os “analistas políticos” que assumem o papel Benedicta Finazza, a Mãe Dináh, excursionando em canais de comunicação suas vocações esoteristas. Furadas, diga-se de passagem, tais quais as projeções de Nostradamus.
O fim do imbróglio, paralelamente, anima o grupo do atual regente do Palácio Rio Madeira Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, porém assanha o seu xará senador de maneira quase idêntica.
A despeito de estar quietinho, Marcos Rogério, do PL de Jair Bolsonaro, observa as peças se movimentando no tabuleiro, e sem a preocupação de ombrear com pelo menos um adversário absurdamente popular, enfim, pode acabar gostando da ideia de ingressar de cabeça na contenda.
No mais, se for inteligente, Cassol se afasta cem por cento das pretensões políticas. Como o Rondônia Dinâmica já escreveu no passado, o ex-governador é ótimo para colher os louros da vida pública. É um excelente cabo eleitoral de si mesmo, mas tem um “dedo podre” quando tenta emplacar terceiros usando sua fama para tanto.
Agora é ficar em casa e deixar passar a dor na retaguarda depois do chute bem dado do STF. E a dica para curar mais rápido é: não usar faísca de solda.