Publicada em 02/03/2022 às 09h51
Porto Velho, RO – É inegável que o senador de Rondônia Marcos Rogério, do PL, está completamente deslumbrado com a prorrogação desses cinco minutos de fama nacional desencadeada após sua atuação sabuja em direção ao Planalto nas sessões da CPI da Pandemia.
Encantado com a autoimagem, Rogério perdeu o senso de percepção do tabuleiro, e, com ele, o timming eleitoral.
Isto, enquanto aguarda os desenlaces das sequelas desse “namoro” tanto quanto desmiolado: ou seja, ministro ou líder do governo? Até esta quarta-feira, 02, nem um nem outro.
Levado no banho-maria pelo presidente da República, a possição irrestrita de vassalagem pode ter custado ao congressista o próximo passo de suas ascensão na vida pública. Para ele, a hora seria agora.
Logo, sua soberba impactará num prejuízo sem tamanho agindo como provável pá de cal nesse crescimento exponencial de suas pretensões.
A tendência é continuar o mandato e... estagnar. Porque a luz de todo popstar uma hora apaga. É certeiro.
Lado outro, quem gosta e ganha com isso é o atual governador Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, candidatíssimo à reeleição.
Sem perder tempo, Rocha costurou uma aliança poderosa com o mandatário do Executivo municipal de Porto Velho, carregando consigo o grupo que detém o manche da Capital.
O aval de Hildon Chaves, do PSDB, à fusão, diga-se de passagem, serve como propulsor ao objetivo final daqueles que conservam hoje as rédeas do Palácio Rio Madeira.
Com Ivo Cassol, do Progressistas, ainda engessado pela Justiça, aguardando o Supremo (STF) liberá-lo ou não; a desistência de Confúcio Moura, do MDB; as indefinições de Léo Moraes (Podemos); e um Vinícius Miguel como única certeza opositora substancial, o caminho se abriu às hostes palacianas.
E como haveria cisão entre conservadores numa eventual contenda entre xarás, ou seja, Rocha e Rogério, impactando num provável déficit nos votos tanto de um quanto do outro, rascunha-se, portanto, o óbvio: o sol se abriu principalmente à recondução do militar reformado.
O senador, por sua vez, está preso na eterna escalada nas montanhosas costas do bolsonarismo, dividindo a empreitada com outros tantos nesse comensalismo débil e de prazo de validade vencido.