Publicada em 03/03/2022 às 08h19
LÉO MORAES NAMORA COM O MDB, MAS PARTIDO AINDA NÃO BATEU O MARTELO SOBRE A NOVA PARCERIA
Às vezes não bastam muitos atributos e competência, porque quem não tem um pouco de sorte, corre o risco de ficar pelo caminho. O caso do deputado Léo Moraes se enquadra neste contexto. Decidido a não disputar a reeleição para a Câmara, Léo só toparia, como Plano A, concorrer ao Governo ou, na pior das hipóteses, entrar na briga pela única vaga ao Senado. Ele se destacou no Podemos, até que começou a ter que carregar nas costas, nestas terras de Rondon, o pesadíssimo nome do ex-juiz Sérgio Moro, que jamais cresceu como a sonhada terceira via para a Presidência. Pelo contrário, está empacado numa posição secundária, da qual não consegue sair. Neste contexto, Léo corria o risco de estar fadado a ser apenas um coadjuvante, na batalha política que se aproxima, em Rondônia.
Até que... Até que caiu no seu colo, obviamente sem lhe tirar todos os méritos, uma possível (embora ainda longe de ser oficializada) candidatura à sucessão de Marcos Rocha pelo poderoso MDB, o maior partido do Estado e que estava órfão de um nome viável na disputa, desde a anunciada não candidatura de Confúcio Moura. Os eventos foram se sucedendo com grande rapidez e culminaram com uma participação de Léo Moraes no grande encontro emedebista em Ouro Preto, na semana passada, quando seu nome encontrou receptividade positiva entre os membros do partido. Já teria o aval dos poderosos Confúcio Moura, senador e do presidente regional e coordenador da bancada federal, Lúcio Mosquini, embora as conversas estejam recém iniciando.
Como nesta quinta se abre a janela para a troca de partidos, a partir de agora o quase ex-Podemos Léo Moraes pode se tornar o néo emedebista, ele sim, surgindo como uma terceira via entre os até agora mais fortes candidatos, o governador Marcos Rocha e o ex-governador Ivo Cassol, já que é provável que Marcos Rogério esteja fora da disputa.
Embora ainda na fase das especulações, o casamento do parlamentar com o MDB, seria daqueles acontecimentos que consolidam a verdade de que a política é extremamente volátil, tal como as nuvens que mudam rapidamente de lugar, naquela catilinária que se conhece, quando se comenta as mudanças surpreendentes que ela possibilita. Há algumas semanas atrás, não havia um só indício da aproximação de Moraes com o MDB.
Pois agora ela está no tabuleiro da nossa política. O partido de Jerônimo Santana, Valdir Raupp e Confúcio Moura estaria, enfim, voltando ao jogo. E, quem sabe, querendo um quarto governador no Estado? Falta, contudo, combinar com o eleitor. Enfim, esse o quadro do momento, em que, até novos indícios, apontam um amplo favoritismo para a reeleição de Marcos Rocha, ainda mais com o apoio de Hildon Chaves, já que as outras candidaturas, ao menos por enquanto, não estão postas.
MOSQUINI DIZ QUE HÁ APENAS ESPECULAÇÃO E QUE MDB CONVERSA TAMBÉM COM MARCOS ROCHA E MARCOS ROGÉRIO
Sobre uma possível ida do deputado Léo Moraes ao MDB e sua eventual candidatura ao Governo, a posição oficial do partido foi dada ontem pelo deputado Lúcio Mosquini, atestando que, por enquanto, o que há, em relação a Léo, é, apenas, “muita especulação!”. Com exclusividade para este Blog, Mosquini afirmou que “não tem nada certo ainda!” O presidente regional do partido, depois de destacar que há, em relação a Léo, uma grande amizade, acrescentou que o MDB está conversando com diferentes forças políticas, antes de definir seu caminho para a eleição deste ano. “Já tivemos reuniões com o secretário Júnior Gonçalves, do grupo do governador Marcos Rocha e também com o próprio Marcos Rogério. Ou seja, além de Léo, o MDB dialoga com outras duas forças políticas que têm posição de destaque, hoje na nossa política. Mas, diz o líder emedebista, “não há nada definido, até agora”. Mosquini destaca, ainda, que há uma prioridade, no atual momento, em relação às decisões que o partido deve tomar: “nosso maior interesse, agora, é estabelecer as nominatas federal e estadual”, concluiu. Neste contexto, o líder emedebista põe o seu maior esforço, para que não haja prejuízos tanto em relação às cadeiras em disputa no Congresso Nacional quanto da Assembleia Legislativa.
DEPUTADOS FEDERAIS COMEÇAM A DECIDIR SE FICAM ONDE ESTÃO OU VÃO PROCURAR OUTRAS SIGLAS
Da nossa bancada federal, quem fica onde está e quem troca de partido, com a janela que começou e vai até o final de março? Podem haver trocas surpreendentes, embora ainda tudo seja só ilação. Tudo indica que Lúcio Mosquini e Mariana Carvalho ficam onde estão, ele comandando o MDB e ela o PSDB. Mariana, aliás, pode concorrer ao Senado e essa hipótese se torna cada vez mais próxima da realidade. Léo Moraes está com um pé e meio no MDB. Mauro Nazif, líder do PSB, muito provavelmente não troca de legenda, mas a representante de Ji-Paraná, a deputada Silvia Cristina, pode sim encontrar outro caminho, embora sem deixar de valorizar sua ligação muito forte com o PDT de Acir Gurgacz. Expedito Netto comanda o PSD no Estado e é racional que ele fique onde está. Jaqueline Cassol comanda o PP no Estado e, como não disputará a reeleição e sim uma cadeira ao Senado, também não tem motivos para mudar. Já o Coronel Chrisóstomo concorre a um segundo mandato, mas não pelo PSL, que agora é o novo União Brasil, mas sim pelo PL, seguindo a sigla do presidente Bolsonaro. Por enquanto, o quadro é esse. Mas, a partir de agora e até o fim da janela de troca de partidos, muita coisa pode acontecer.
HILDON OFICIALIZA: FICA NA PREFEITURA ATÉ O FIM DO SEU MANDATO E NÃO CONCORRE EM OUTUBRO
Todos os indícios já apontavam para o que vem se falando há algumas semanas: Hildon Chaves continuará comandando a Prefeitura de Porto Velho até o final do seu mandato, em 31 de dezembro de 2024. Há algum tempo atrás, numa reunião fechada com um grupo de vereadores, que formam a base do Prefeito na Câmara Municipal, Hildon já havia avisado que estava fora da eleição de 22. Inclusive liberou seus amigos, apoiadores e eleitores mais próximos, para que optassem por outras candidaturas, caso assim quisessem. No último sábado, durante encontro na Fimca, quando oficializou seu apoio à candidatura de Marcos Rocha à reeleição, pela primeira vez o Prefeito se pronunciou publicamente sobre o assunto, avisando que não será mesmo candidato neste outubro que se aproxima. O que ficou no ar, porque até agora o assunto não foi tratado, a não ser nos bastidores, é como ficará a situação do jovem vice-prefeito Maurício Carvalho, já que havia a promessa de que ele seria Prefeito por dois anos, quando Hildon, saísse para concorrer. Esse acordo não existe mais. Em breve se saberá o caminho de Maurício...
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