Publicada em 22/03/2022 às 13h04
Em entrevista à jornalista Roberta Jansen, do jornal O Estado de S.Paulo, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Dra. Margareth Dacolmo, um dos principais nomes da linha de frente no combate à pandemia da covid-19, disse considerar muito precipitado o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, como decretado pelos governadores de alguns estados brasileiros, há poucos dias.
“Estou muito preocupada com esse afã muito precipitado de tomar medidas administrativas e comportamentais, como retirar a exigência do uso de máscaras em ambientes fechados. Considero um erro. Não é hora de tirar máscara em ambiente fechado. Essa é outra discussão com a qual não deveríamos estar perdendo tempo. A prioridade agora é vacinar criança, convencer os pais da importância da vacina”, alerta Margareth Dacolmo, pneumologista e pesquisadora.
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia também avalia que a decisão do governo rondoniense é precipitada, sendo uma medida política, e não científica. O Sindicato defende e recomenda o uso de máscaras, em agências e departamentos bancários, para bancários, terceirizados e clientes.
Agência são locais fechados, com pouca ventilação e por onde circulam um grande número de pessoas todos os dias. Os departamentos também são locais com enorme concentração de pessoas.
A reivindicação do SEEB-RO é a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras em agências e departamentos, tanto para bancários e terceirizados quanto para os clientes. A pandemia não acabou e não vai acabar por decreto. Mesmo que os bancos retirem a obrigatoriedade do uso de máscaras, a recomendação do Sindicato é que os trabalhadores sigam utilizando máscaras, mantendo o distanciamento social, utilizando álcool gel e evitando aglomerações.
“Nossa prioridade continua sendo a vida dos bancários, cooperativários e daqueles que o cercam”, reitera Ivone Colombo, presidenta do SEEB-RO.
Com informações de O Estado de S.Paulo e SEEB-SP