
Publicada em 15/03/2022 às 15h21
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursa a participantes de uma reunião dos líderes da Força Expedicionária Conjunta (JEF, na sigla em inglês), coalizão de 10 estados focados na segurança no norte da Europa, em Lancaster House, em Londres, em 15 de março de 2022. — Foto: Justin Tallis/AFP
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, nesta terça-feira (15), que seu país tem de aceitar que não se tornará membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma das principais razões alegadas pela Rússia para justificar sua invasão.
"A Ucrânia não é um membro da Otan. Entendemos isso. Durante anos, ouvimos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não podíamos aderir. Essa é a verdade e precisa ser reconhecida", afirmou o presidente, em uma videoconferência com autoridades militares.
"Estou feliz que nosso povo comece a entender isso e a contar apenas com nossas próprias forças", disse.
O presidente lamentou, porém, que a Otan, "parece hipnotizada pela agressão russa", e se negue a criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.
"Ouvimos argumentos, dizendo que a Terceira Guerra Mundial poderia começar, se a Otan fechasse seu espaço para os aviões russos. Por isso não se criou uma zona aérea humanitária sobre a Ucrânia. Por isso os russos podem bombardear cidades, hospitais e escolas", acusou.
Zelensky já havia dado declarações similares sobre a Otan, na semana passada, em entrevista à televisão americana ABC.
