Publicada em 16/03/2022 às 09h38
O presidente Nicolás Maduro anunciou que os venezuelanos terão de receber, a cada quatro meses, uma dose de vacinação de reforço contra o novo coronavírus.
"A partir de agora e até novo aviso, até que se descubram medicamentos que curem o novo coronavírus como mais uma gripe, ou até que chegue o momento em que se produza uma vacina que dê ao corpo imunidade por muito tempo, vamos ter de aplicar a dose de reforço de quatro em quatro meses", disse.
Maduro fez pronunciamento ao país, pela televisão estatal, em que apresentou balanço dos dois anos de aplicação da quarentena preventiva da doença.
"Toda a população deve submeter-se à vacinação de reforço para que possamos continuar a controlar o novo coronavírus e continuar com as nossas atividades sociais, econômicas, etc", disse o governante.
Maduro explicou que o governo venezuelano "fez das tripas coração" para conseguir as vacinas, com a ajuda da Rússia, China e de Cuba.
Acrescentou que o país "avança na vacinação de 100% da população com mais de 18 anos" e que a taxa de imunização entre a população de 2 a 17 anos é de 60%.
"Não podemos baixar a guarda. Um dos elementos-chave desta etapa em que entramos no controle elevado do novo coronavírus é a vacinação", destacou Maduro.
Segundo ele, a Venezuela é o primeiro país do mundo que decidiu cientificamente aplicar a vacinação de reforço quatro meses após a segunda dose da vacina principal.
"Em 2021, aplicamos as doses principais da vacina, agora é a vez do reforço".
De acordo com dados divulgados pelas autoridades venezuelanas, o país contava, nessa terça-feira (15), com 518,75 casos de covid-19 e 5,66 mil mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo devido à covid-19, que inicialmente foi muito restritivo.