Publicada em 05/04/2022 às 13h40
Início do terceiro trimestre, três campanhas de vacinação em pleno vigor em Rondônia e o Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) reforça a atenção para a vacinação de crianças de até um ano de idade com as chamadas vacinas de rotina, aquelas previstas no calendário vacinal. É que os números da coordenação de Imunização da Agevisa indicam que, em 2021 (dados parciais), somente oito municípios rondonienses cumpriram a meta de vacinar a população prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI), com as vacinas Pentavalente, Pneumocóccica, Poliomelite e Tríplice Viral (D1).
Os municípios de Primavera de Rondônia, São Felipe d´Oeste, Ministro Andreazza, Cerejeiras, Cujubim, Alto Alegre dos Parecis, Castanheiras e Itapuã do Oeste são os que conseguiram atingir a meta de vacinar os bebês no prazo previsto para a imunização. Os demais, no caso 44 municípios, não conseguiram a meta prevista.
O diretor geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, garante que a situação merece um olhar cauteloso. “Sabidamente há sobrecarga de trabalho nas salas de vacina dos municípios e ficamos atentos à vacinação contra a covid-19, o que pode ter ofuscado as demais vacinas. No entanto, o cumprimento de todo o esquema vacinal desde nascimento das crianças, garantirá imunidade em todas as fases da vida e evitando que contraiam doenças que podem trazer graves consequências no futuro”, pontua o diretor.
Maria Goreth Marinho Filgueiras de Lima, enfermeira na Agevisa, explica que o Estado de Rondônia pactuou o cumprimento de 95% de cobertura vacinal de quatro vacinas, cujas primeiras doses precisam ser administradas em bebês entre dois a 12 meses de idade são elas: Pentavalente, Pneumocóccica, Poliomelite e Tríplice Viral. No entanto, devida a baixa procura, o Estado de Rondônia registra cumprimento de apenas 15,38% da meta.
Para se ter ideia, outras vacinas, como a da Febre Amarela, que precisa de cumprimento de 100% da cobertura vacinal, em decorrência de Rondônia estar numa região endêmica, somente Ministro Andreazza e Itapuã do Oeste conseguiram cumprir a meta estipulada pelo Ministério da Saúde.
BUSCA ATIVA
Maria Goreth Marinho destaca que há medidas que os municípios podem desenvolver para chamar a atenção dos pais e responsáveis para a vacinação das crianças, como por exemplo aproveitar a ida de adultos à Unidade de Saúde e questionar sobre a vacinação dos pequenos. “Se não for possível administrar a dose naquele momento é importante orientar a mãe a retornar ao serviço de saúde mais próximo de sua casa na data em que a criança possa ser vacinada”, orienta.
Outras recomendações são a busca ativa de faltosos, feitas no sistema e-SUS e Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e atuação em parceria com profissionais do Programa Saúde da Família, para que os agentes de saúde localizem as crianças que estão com as doses atrasadas. “Outras ações incluem parceria com as maternidades privadas, por exemplo, para que as crianças que nascem já saiam da maternidade com as primeiras vacinas aplicadas”, recomenda.