Publicada em 14/04/2022 às 13h56
Chile e Bolívia encerraram nesta quinta-feira (14) a fase de alegações orais diante da Corte Internacional de Justiça (CIJ) na longa disputa que mantêm sobre o status e uso das águas do rio Silala.
Neste último dia, o Chile teve a oportunidade de apresentar seus argumentos para responder à reconvenção apresentada pela Bolívia, e agora está aberto um período de espera até a decisão judicial.
Encerrando a sessão, o presidente da CIJ, o americano Joan Donoghue, pediu aos chefes das duas delegações que permaneçam disponíveis para possíveis consultas adicionais, mas não deu uma data para uma decisão.
Em sua reconvenção, a Bolívia pediu na quinta-feira ao tribunal que reconheça sua soberania sobre as águas do Silala e os canais construídos em seu território, o fluxo dessas águas e a necessidade de que o acesso do Chile a eles seja objeto de negociação.
Este caso é parecido com o de 2016, quando o Chile entrou com uma ação em meio a outra disputa entre os dois países diante a mesma CIJ, na qual o lado boliviano pediu para forçar as autoridades chilenas a negociar uma saída soberana para o mar.
As relações diplomáticas entre os dois países estão rompidas desde 1978, quando fracassou a última tentativa de negociar o acesso da Bolívia ao Oceano Pacífico.