Publicada em 12/04/2022 às 16h24
CHANTAGEM
Uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE), numa ação que questionava a regra da fidelidade aos parlamentares eleitos pelo PSL e DEM, atingiu direto os interesses do União Brasil, partido pelo qual o governador Marcos Rocha tentará o segundo mandato. A coluna apurou que os deputados e vereadores egressos do PSL e DEM vinham sendo ameaçados de perder os mandatos caso não permanecessem filiados ao União Brasil (fusão entre PSL e DEM). Com a anuência do TRE, eles (parlamentares) podem se filar em qualquer legenda sem a ameaça de perderem os respectivos mandatos. A decisão põe fim à chantagem barata que vinham sendo vítimas.
VELHACARIA
Com o entendimento da justiça eleitoral rondoniense, o União Brasil - partido cujo filiado mais proeminente é o ex-juiz Sérgio Moro e desafeto dos bolsonaristas - pode sofrer uma revoada em razão da suposta velhacaria. Livre para migrarem para a legenda que quiserem há informações de que muitos vereadores em Rondônia estão de malas prontas para saltar fora do “Titanic” governamental. O uso desmedido da máquina nem sempre é capaz de inviabilizar a concorrência. Aqui e alhures!
AROM
Após várias denúncias feitas nas colunas pretéritas sobre supostas irregularidades no edital licitatório da Associação Rondoniense de Municípios (Arom), eis que surge a informação de que a entidade dos alcaides suspendeu o certame. Uma notícia que seria alvissareira, mas a suspensão do certame em si não cessou a insistência da Arom em manter um contrato emergencial que também é passível de questionamento devido à extensão do tempo pelo qual foi acertado.
INFINITO
Nos contratos emergenciais o Tribunal de Contas da União (TCU) já firmou entendimento ao convencionar que o instrumento deve conter cláusula expressa resolutiva que estabeleça a sua extinção logo após a conclusão do processo licitatório para nova contratação dos serviços licitados e o prazo nunca superior a 180 dias. Ao que parece a direção da entidade municipalista insiste em afrontar os órgãos de controle extrapolando os prazos impostos pelo TCU. Há algo estranho nesta insistência em conceder um contrato de forma incomum e a coluna está apurando para dar o nome aos bois. Nada no tempo se projeta como infinito, em particular contrato público. Embora o presidente da AROM flerte com a imortalidade.
COSCUVILHICE
Um papo que rola na boca miúda dos políticos na capital dá conta de que estaria sendo engendrado por figura carimbada uma ação invasiva bem remunerada contra dois partidos para “convencer” pré-candidatos a deputado federais a desistirem das filiações. O objetivo seria criar obstáculos às duas legendas para que não alcancem o quociente eleitoral. A jogada se resumiria em pagar uma bolada para um pré-candidato de cada partido desistir do pleito e impedir que eleja algum deputado federal em outubro. O problema, caso a coscuvilhice seja real, é que a grana para a safadeza seriam oriunda de recursos não contabilizados. Pode ser mais uma lorota de pré-campanha, embora em Rondônia algumas verdades surgiram a partir de simples fofocas, e a figura no caso é intempestiva, por precaução, começou a ser monitorada.
RECIBO
Não tem motivo para o senador Marcos Rogério (PL) ficar emburrado com as entrevistas dos governistas que repetem feito mantra que não é candidato a governador. Isto é uma bobagem porque as convenções começam na última semana de julho e até lá muita água vai passar por debaixo da ponte. Bobagem dar trela antes do tempo. Apesar de que algumas alfinetadas devam ser respondidas desde que não sejam em direção a quem não é candidato e participa do debate de forma terceirizada.
RESFOLEGADO
Marcos Rogério também não é obrigado a anunciar imediatamente o futuro político, mas é perceptível que o comportamento do senador não é atualmente de candidato a candidato a governador. Pode ser estratégia (embora a coluna duvide) para evitar desgastes antecipados. E pode ser medo: seja da disputa, seja da desistência. Uma coisa é certa, Marcos Rogério é um líder que vocifera em Brasília e, em Rondônia, um político resfolegado. Ao expor a dubiedade abre espaço para que os desafetos aproveitem o vácuo para fustigá-lo.
UNGIDO
Para frear a fúria dos que juram que o senador do PL não é candidato ao Governo de Rondônia, Marcos Rogério deverá ser ungido pelas hostes bolsonaristas ao posto de líder do governo no Senado Federal. Um anúncio, sendo confirmado, capaz de mudar os rumos da campanha governamental em Rondônia.
NÚMERO
A indicação do senador do PL à liderança pode servir para conter os ânimos exacerbados dos partidários do governador já que na política as surpresas podem ocorrer e Marcos Rocha é fruto de uma destas eventualidades. O cargo de líder no Senado Federal dará ao senador visibilidade nacional e pode perfeitamente anabolizar uma candidatura a governador que hoje é vista aparentemente como frágil. A exposição diária na mídia pode também levar os eleitores do presidente a ligar o nome Marcos Rogério a Jair Bolsonaro, acrescentando-se ainda o número 22, numeral que estará disposto nas urnas tanto para identificar o presidente quanto o governador.
PRIMAZIA
Não é segredo para nenhum eleitor rondoniense que o governador usa e abusa do mantra de que é um bolsonarista de carteirinha. Embora não tenha se filiado ao mesmo partido de Bolsonaro, o coronel Marcos Rocha vai às urnas sem a primazia da exclusividade como opção do eleitor genuinamente bolsonarista, visto que o senador Marcos Rogério tem se apresentado tão enraizado às entranhas familiares do presidente que há quem o chame de Zero Seis.
REBAIXADO
Piada ou não, neste diapasão, Marcos Rocha, numa avaliação comparativa, pode ser descartado pelo bolsonarismo e virar literalmente um zero à esquerda nesse processo eleitoral. Num eventual segundo turno o coronel poderá ser rebaixado a cabo eleitoral. O tempo é inexorável a tudo. Os governistas antecipam uma decisão de Marcos Rogério sem avaliar que o tempo é o senhor da razão. Portanto, até as eleições surpresas podem acontecer. Marcos Rocha sabe como ninguém desta assertiva.
CONSELHEIRO
O governador Marcos Rocha encaminhou à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, o nome do auditor fiscal da capital, Jailson Viana de Almeida, para assumir a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas em substituição ao conselheiro aposentado Benedito Alves. Caberá agora aos deputados estaduais aprovar ou não o nome indicado pelo Executivo Estadual. Viana Almeida é ex-secretário municipal na gestão do petista Roberto Sobrinho e ocupou outros cargos na administração pública. Na Assembleia Legislativa há reações contrárias a indicação e tem deputado ansioso pela vaga.