Publicada em 02/04/2022 às 10h44
O prazo para filiação partidária e o filiado ter condições de disputar as eleições de outubro próximo termina à meia noite de hoje (2). Se a mobilização política não teve muita movimentação nas últimas semanas, a que termina neste sábado foi das mais movimentadas.
Pré-candidatos confirmados e sem problemas de mudanças até o prazo final somente o governador Marcos Rocha, presidente regional do União Brasil e do PT, ex-deputado federal Anselmo de Jesus, presidente regional do partido. Os demais trabalhavam ativamente para formar grupos em condições de disputar as eleições de outubro próximo com possibilidades de sucesso.
A expectativa é maior entre os grupos liderados pela Família Cassol, com o PP presidido pela deputada federal Jaqueline, o PSD presidido pelo deputado federal Expedito Netto, o PL que tem como presidente e o senador Marcos Rogério e o Podemos comandado pelo deputado federal Léo Moraes. A meta do grupo é eleger o próximo governador, de três a quatro deputados federais, cinco a seis deputados estaduais e o senador, para a única das três vagas.
O grupo pretende eleger o senador Marcos Rogério, governador, tendo como vice o deputado Léo Moraes. No caso, Jaqueline deixaria de uma pré-candidatura à reeleição para disputar o Senado. Um dos articuladores do grupo, o ex-senador Expedito Júnior, que é pré-candidato a senador abriria mão da disputa.
Também há possibilidade de Jaqueline ser a vice de Marcos Rogério e Léo Moraes como pré-candidato ao Senado. O emaranhado político dos bastidores estava sendo desvencilhado na manhã de hoje, pois o prazo está acabando e tudo tem que ser decidido antes da meia noite deste sábado.
Expedito Júnior, que está filiado ao partido do filho, o PSD, diz que a sigla tem o maior número de mulheres pré-candidatas do Estado. Citou até os nomes em condições de concorrer aos cargos proporcionais destacando a ex-prefeita de Vilhena, Rosani Donadon; a esposa do prefeito Fúria, de Cacoal, Jô; a ex-vereadora de Porto Velho Ada Dantas, ex-vereadora de Jaru Dorinha, a ex-chefe de gabinete da Assembleia Legislativa (Ale-RO) Irma Fogaça. Também estão na lista de pré-candidatos o coronel Rildo Flores de Vilhena, médico Edson Aleotti de Ji-Paraná, além do deputado Expedito Netto pré-candidato à reeleição à Câmara Federal.
É importante que o eleitor saiba, que este ano teremos eleições diferenciadas. As coligações não são mais permitidas somente as federações, que agregam lideranças, mas não somam votos, pois somente os mais bem votados, desde que sejam cumpridos o quociente eleitoral e a cláusula de barreira são eleitos.
Com a coligações os partidos considerados “nanicos” negociavam espaços na propaganda eleitoral gratuita e eram importantes para somar votos. Hoje estão praticamente extintos, pois não têm condições de sobrevivência política.
As federações, agregam partidos, que terão que manterem as parcerias por no mínimo 4 anos e os votos, antes agregados, agora são individuais. Só tem chances de se eleger quem realmente tem votos. A candidatura proporcional é quase como se fosse uma disputa pelos cargos majoritários.
O prazo (janela de migração) para que deputados (federal, estadual) trocassem de partidos sem incorrer em ação de infidelidade partidária terminou na sexta-feira (1º). O prazo final para filiação partidária em condições de disputar as eleições gerais (presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado de cada Estado e Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) termina hoje (2). Também é o último dia para que presidente da República e governadores, caso pretendam disputar outros cargos, a não ser a reeleição, renunciem.
Hoje é o prazo final para ministros, secretários de Estado, presidente de autarquias que vão concorrer às eleições deste ano entreguem seus cargos.
A correria para filiação partidária e composição de grupos, que ocorreu esta semana não termina hoje. O caminho para as eleições é longo, pois temos pela frente seis meses para o primeiro turno (2 de outubro).
As convenções que decidirão quem serão candidatos aos cargos eletivos serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto. Após à meia noite de hoje teremos a confirmação das filiações partidárias e um perfil de como ficarão os grupos, que estavam sendo formatados desde o início da semana reunindo lideranças das mais diversas bandeiras políticas do Estado.
A partir da próxima semana será possível visualizar o futuro político de Rondônia com maior segurança e de como ficarão os grupos políticos na disputa das eleições de 2022. Como sempre ocorre a cada eleição, parcerias consideradas impossíveis são firmadas e confirmam sempre as palavras do ex-governador mineiro, que “política é como nuvem. Olha ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”.