Publicada em 09/04/2022 às 09h27
Porto Velho, RO – Queira o (a) leitor (a) acreditar em pesquisas ou não, e o próprio Rondônia Dinâmica já reiterou inúmeras vezes a discrepância entre seus levantamentos prévios e a realidade, os números apontam, nacionalmente, para o ressurgimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
E não como mero coadjuvante.
E ao disputar o protagonismo eletivo com o atual presidente Jair Bolsonaro, agora no PL, Lula trouxe consigo uma leva de escudeiros fieis da esquerda: muitos deles nunca arredaram o pé do campo de batalha sempre denfendendo inclusive a tese de inocência atrelada as alegações de “lawfare”.
Outros, no entanto, pularam do navio quando lá em 2016 a embarcação começou a naufragar.
Os que não o traíram aderindo às ofensivas da oposição à época passaram a adotar a desfaçatez como postura.
Afinal, não era mais popular brincar de progressismo.
Como o panorama basicamente virou do avesso nesse interim com o petista solto, o fim da Lava Jato, Deltan Dallagnol condenado e o ex-juiz Sérgio Moro criticado por todos os lados, isto além do fato de o Brasil encontrar-se economicamente capenga, alguns “ratos” voltaram a usar vermelho com orgulho e ostentação.
Querem, no fim das contas, mergulhar na suposta deficiência voltada à popularidade do atual regente do Planalto.
E estão aí, faceiros, alegres, sorriso de orelha a orelha, abraçados, inclusive, pelos companheiros e camaradas largados pelo caminho no passado recente.
Aceitá-los de volta, no caso, é uma decisão dos cabeças de agremiações do polo canhoto; sentença que leva em conta, obviamente, a margem de possibilidades anexada à potencial vitória no pleito.
Já na ala destra, Mariana Carvalho, ex-PSDB, surge como principal exemplo da direita demonstrando até onde vai a fome pelo Poder. Recentemente, num encontro do PL em Brasília, ela surgiu fazendo “cosplay” de Velho da Havan, tudo para firmar cada vez mais sua imagem como bolsonarista.
Pensando em ocupar uma cadeira no Senado e caindo fora do ninho tucano, Mariana ignora parte de sua trajetória na política ao ingressar no Republicanos a fim de arrastar asa para o eixo mais ao extremo da direita brasileira.
E é aquela coisa: uma jogada de risco. O passo está dado. Os reflexos dessa pisada serão sentidos no futuro com os desdobramentos da decisão.
Pelo bem ou mal, já incorporou-se à biografia.
No fim, o mais do mesmo: vale tudo para chegar ou manter cargos dentro da atividade política. Cabe ao eleitor filtrar e decidir se vale embarcar na encenação dos arquétipos da esquerda e da direita.