Publicada em 22/04/2022 às 09h15
Mesmo com a intervenção do Conselho Regional de Medicina (Cremero) no hospital infantil Cosme e Damião, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou na manhã desta quinta-feira, 21, que os atendimentos obrigatórios da unidade, que são média e alta complexidade, continuam normalmente.
As equipes lotadas na unidade continuam recebendo pacientes de todo o Estado de Rondônia, dos estados vizinhos, das comunidades indígenas, quilombolas e até mesmo pacientes da Bolívia. O que mudou, de acordo com a Sesau, é que crianças com quadros clínicos considerados de atenção primária (ou pacientes com quadros de baixa complexidade) deverão buscar atendimento de Pronto Socorro nas unidades municiais de saúde, tais como postinhos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
A intervenção do Cremero na unidade foi vista com estranheza entre os profissionais de saúde, tendo em vista que membros do órgão estiveram reunidos com representantes da Sesau 24 horas antes justamente para traçar metas de atendimentos na unidade durante seu período de reforma.
TERMO DE AJUSTAMENTO DE GESTÃO
Através de sua assessoria, a titular da Sesau, Semayra Gomes informou que a secretaria de saúde tem cumprido à risca suas obrigações acordadas com o Cremero bem como com os órgãos de fiscalização e controle. Segundo a secretária, a pasta já conta com quatro processos de obras em andamento para o Cosme e Damião.
“Estamos com a Ordem de Serviço pronta para início da reforma do telhado e forro do hospital. Os trabalhos estão sendo realizados dentro do cronograma. Temos condições e pessoal preparado para continuar garantindo o atendimento à população que necessita do Cosme e Damião”, garantiu Semayra.
Ainda de acordo com a titular da pasta, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) lidera a condução de um processo para firmamento de Termo de Ajustamento de Gestão entre prefeitura, Estado, TCE, Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO), conselhos e demais representações classistas para estabelecer um cronograma oficial de direcionamento de pacientes de baixa complexidade às unidades de saúde responsáveis por este tipo de atendimento.
“Estamos na fase de estabelecimento de calendário com metas, cronogramas e plano de mídia para orientar a população acerca dessa nova mudança de postura. Trabalhamos pelo bem das pessoas e precisamos orientá-las corretamente para que possam ter acesso ao atendimento necessário”, concluiu a secretária.