Publicada em 11/04/2022 às 08h59
Porto Velho, RO – Na última sexta-feira (08), o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, do PSDB, conversou com os apresentadores Everton Leoni e Meire Santos, âncoras do programa SIC News, veiculado pela Rede Record regional.
Além de questões envoltas à gestão, Chaves também abordou o assunto eleiçõe 2022 explicando por que se aproximou de Marcos Rocha, do União Brasil, candidato à reeleição para o comando do Governo de Rondônia.
Antes disso, tachou o ex-colega de partido Expedito Júnior como um “grande amigo”, a quem tem “grande respeito”, e relatou o motivo de não acreditar na postulação do senador Marcos Rogério.
Entre as passagens mais significativas nos trechos em que abordou a gestão, o tucano relatou um caso de demissão de um de seus secretários, que, segundo ele, com poucos dias de trabalho já havia convidado empresário para fazer negociatas dentro do Gabinete.
“Dois ou três dias de tabalho [secretário] já estava trazendo empresário para fazer negociata dentro do Gabinete. E isso eu não tolero, não admito”, disse.
CONFIRA A ÍNTEGRA DO PAPO:
Sobre isso, acrescentou:
“Na minha gestão quando eu fico sabendo de qualquer coisa errada, não converso com o secretário. Eu mando pra polícia”, anotou.
Já na reta final do bate-papo, com 30 minutos de entrevista, Leoni o questionou sobre a rivalidade com Marcos Rocha.
“Tivemos alguns atritos”, disse o ex-promotor de Justiça.
“Os poucos atritos que nós tivemos foi com o Fernando Máximo [ex-secretário de Saúde do Estado (Sesau/RO)]”, indicou.
E sacramentou:
“Foi nessa época da pandemia. Depois eu me entendi com o Fernando, acabou [o problema]. Mas o Fernando Máximo fala o seguinte: ele deixava transparecer que só o governo estava fazendo [algo sobre a pandemia] e a Prefeitura de Porto Velho não estava fazendo nada. E isso eu não aceito, nunca aceitei”.
A reviravolta
A aproximação da Prefeitura de Porto Velho com o Governo de Rondônia foi travada, segundo Hildon Chaves, pelo secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves.
O ponto de confluência foi o “Programa Tchau Poeira”.
“Com a minha reeleição, boa parte do nosso grupo entendia que eu era o candidato natural ao Governo. Outra ala, entendia que seria o senador Marcos Rogério (PL). E eu aceitei, sem problemas”.
Chaves prosseguiu dizendo que em várias ocasiões reiterou que o congressista era, de fato, o seu candidato à sucessão estadual, incluindo entrevistas em televisão e rádio.
“Virou o ano e eu fui procurado pelo Expedito Júnior dizendo que o Marcos não seria mais candidato, quereno que eu fosse o candidato”, anotou.
Eu falei: “Eu não sou step! O Marcos é o meu candidato. O problema aconteceu porque o Marcos Rogério [à ocasião] não se colocou como candidato. Em particular dizia que era, mas em público, silêncio”.
“E eu vi que a nossa situação estava se deteriorando”, indicou.
Everton Leoni perguntou:
“O senhor apostaria que o Marcos Rogério é candidato?”
O tucano respondeu:
“Eu acho que não. Porque ele não se comporta como tal. Ele fala, fala, mas a gente não vê movimentação. E está no direito dele. Mas essa hesitação...”, finalizou.