Publicada em 12/04/2022 às 09h46
Porto Velho, RO – A partir de agora toda declaração é um ato político. A seis meses das eleições, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, do PSDB, declarou em entrevista que não acredita na candidatura do senador Marcos Rogério, hoje no PL, ao Governo de Rondônia.
Isto, a despeito de o congressista já ter se manifestado oficialmente no sentido de se colocar à disposição para concorrer à sucessão de Coronel Marcos Rocha, do União Brasil.
Em suma, um pronunciamento como o emitido pelo tucano, detentor das rédeas da Administração Pública na Capital, serve também para colocar a panela em “cima do vapor” da potencial postulação intentada por Rogério.
E estão cada vez mais claras as subdivisões da direita rondoniense para o pleito vindouro.
Por ora, existe um deputado federal chamado Léo Moraes, do Podemos, que aliou-se aos Cassol ao dar as mãos para a colega Jaqueline, do Progressistas.
Com passos tímidos, porém incisivos, Moraes escapa de forma inteligente das abalroadas mútuas entre a ala de seu espectro político mais chegada ao presidente da República, evitando o desgaste prematuro.
O PSDB local implodiu e os tucanos ora espalham suas plumas por outras agremiações, como Mariana Carvalho, recém-recepcionada no Republicanos de Alex Redano; e Expedito Júnior, atualmente no PSD do filho Netto.
A ranhura criou bifurcações: e agora Mariana ruma com Rocha ao lado de Chaves, ainda que em outra legenda; e os Gonçalves Ferreira seguirão com Marcos Rogério.
São cinco partidos para dois caminhos do bolsonarismo local: PSDB, Republicanos e União Brasil lutando pela conservação das coisas como estão, junto ao regente do Palácio Rio Madeira; e PSD e PL objetivando alterações nas cadeiras do Poder.
Lembrando, como já frisado, que Podemos e Progressitas correm por fora sem necessariamente passar por agruras internas nem questões de desamores, deslealdade ou despedidas de supetão.
O Rondônia Dinâmica já havia veiculado editorial abortando a “eleição” antes da eleição. Resumidamente, a primeira etapa para os políticos do campo destro será pelo apoio da direita, e geralmente esta se posiciona de acordo com as deliberações do morador do Alvorada, Jair Bolsonaro.
Depois, o próprio Bolsonaro pode “desempatar” essa contenda subliminar se resolver, lá pelas tantas, mudar de ideia e declarar apoio a algum desses dois arquétipos ideológicos.
O enfrentamento já começou. Só não vê quem não quer.