Publicada em 28/04/2022 às 10h17
O Sri Lanka ficou paralisado, nesta quinta-feira (28), por uma greve geral convocada por mais de 100 sindicatos para exigir a renúncia do presidente Gotabaya Rajapaksa e de seu clã, acusados de serem responsáveis pela pior crise econômica do país desde sua independência em 1948.
Mais de 100 sindicatos, incluindo alguns afiliados ao Sri Lanka Podujana Peramuna (SLPP), partido da situação, convocaram uma paralisação nesta quinta.
Em 12 de abril, o governo do Sri Lanka anunciou que deixaria de pagar sua dívida externa de US$ 51 bilhões e abriu negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um resgate.
"Hoje é como um feriado", disse um policial à AFP, acrescentando que "os hospitais atendem apenas emergências".
O transporte público foi paralisado, lojas e escritórios permaneceram fechados, e mesmo nas escolas havia pouco movimento, anunciaram a polícia e autoridades regionais.
A ilha de 22 milhões de pessoas sofre a escassez generalizada dos produtos de primeira necessidade, como alimentos, combustíveis e remédios, devido à falta de dólares para financiar as importações.
A grave crise provocou tumultos e protestos pedindo a renúncia do presidente Gotabaya Rajapaksa e seu irmão Mahinda, acusados de corrupção e de má gestão.
O colapso econômico do Sri Lanka começou a ser sentido depois que a pandemia de coronavírus cortou a receita do país com turismo e remessas.