Publicada em 26/05/2022 às 09h21
Pelo menos 16 pessoas morreram em quatro ataques a bomba no Afeganistão na quarta-feira, três deles visando micro-ônibus em Mazar-i-Sharif (norte) e um contra uma mesquita em Cabul, anunciaram as autoridades.
Os ataques contra os três micro-ônibus foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) por meio de sua agência de propaganda Amaq.
"As bombas foram colocadas a bordo de três micro-ônibus em diferentes bairros da cidade", disse à AFP o porta-voz da polícia da província de Balj, Asif Waziri.
Pelo menos dez pessoas morreram e quinze ficaram feridas nesses ataques, de acordo com a polícia e os serviços de saúde.
"Os soldados do califado explodiram duas bombas colocadas em dois ônibus (...) e uma terceira bomba em um terceiro ônibus", declarou o EI através do Telegram.
De acordo com Najibullah Tawana, chefe do serviço de saúde de Balj, três mulheres estão entre os dez mortos nas explosões de micro-ônibus.
- Ataque em Cabul -
Outro ataque a bomba na noite de quarta-feira atingiu uma mesquita na capital Cabul, matando pelo menos seis pessoas e ferindo outras 18, de acordo com um último balanço divulgado pelo porta-voz da polícia da capital, Khalid Zadran.
Após o ataque, testemunhas em Cabul viram várias ambulâncias dirigindo a toda velocidade em direção ao local da explosão, que ainda não foi reivindicada.
O Ministério do Interior informou que a bomba foi colocada dentro de um ventilador na mesquita.
O número de ataques diminuiu no país desde que o Talibã assumiu o poder em agosto, mas uma série de atentados a bomba, com dezenas de pessoas mortas, atingiu o país no final de abril, durante o mês sagrado de jejum do Ramadã.
Vários desses ataques foram reivindicados pelo braço do EI no país, o Estado Islâmico do Khorasan (IS-K), um movimento sunita radical como o Talibã, mas fortemente em desacordo com eles.
Suas ações geralmente são dirigidas contra a minoria xiita hazara, considerada herética pelo EI, mas também contra outros grupos.
O Talibã aumentou seu cerco contra a facção regional do grupo, com inúmeras incursões e prisões de centenas de supostos seguidores.
Embora os líderes afegãos tenham afirmado há meses que derrotaram o IS-K, analistas estimam que esse grupo continua sendo o principal desafio de segurança para o país.