Publicada em 10/05/2022 às 14h44
O presidente chinês, Xi Jinping, criticou esta terça-feira a ajuda dos estados Unidos à Ucrânia devido à invasão da Rússia. “A China tem trabalhado à sua maneira para promover as negociações de paz”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, após a conversa telefónica de Xi com o presidente francês Emmanuel Macron. “A China apoia os países europeus em manter a segurança da Europa nas suas próprias mãos.”
A mensagem é semelhante à deixada na véspera. “O lado europeu precisa mostrar responsabilidade histórica e sabedoria política, ter em mente a estabilidade de longo prazo da Europa e promover uma solução de maneira responsável. A segurança da Europa deve ser mantida nas mãos dos próprios europeus”, disse Xi ao chanceler alemão Olaf Scholz.
A China atraiu a ira internacional pela sua recusa em condenar a invasão do presidente russo Vladimir Putin, que resultou na maior crise humanitária na Europa desde a II Guerra Mundial, deslocando milhões e matando pelo menos 7.000 civis ucranianos. Mais de 140 países condenaram a invasão da Rússia e várias nações, juntamente com a ONU, tentaram facilitar as negociações de paz e pedir a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Os responsáveis franceses garantiram, por seu turno, que tanto a China como França “reiteraram o seu compromisso de respeitar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e concordaram com a urgência de alcançar um cessar-fogo”. No entanto, Xi Jinping defendeu igualmente a “vigilância contra o confronto do bloco” e afirmou que “representa uma ameaça maior e mais persistente à segurança e estabilidade globais”.