Publicada em 18/05/2022 às 16h13
O Ministério da Defesa celebrou hoje (18), em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, o Dia da Vitória - data histórica que marca a derrota do eixo alemão na Segunda Guerra Mundial. Originalmente a data é comemorada em 8 de maio. Neste ano, entretanto, a celebração teve a data adiada.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, destacou que a participação do Brasil na Segunda Guerra superou o ceticismo dos poucos que diziam ser mais fácil uma cobra fumar do que o país ser capaz de enviar forças para combater no Atlântico e no continente europeu.
Para o general, as Forças Armadas brasileiras se mobilizaram e foram combater ao lado das mais experientes forças dos países aliados. Ao ler a Ordem do Dia pelos 77 anos do Dia da Vitória, celebrado em 8 de maio, do general Paulo Sérgio disse que no início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil se mantinha neutro, mas diante dos danos aos navios de guerra e mercantes que resultaram na morte de 1.474 pessoas, a população saiu às ruas pedindo resposta às agressões, o que levou o governo brasileiro a aderir ao esforço de guerra dos países livres.
Ainda na cerimônia pelo Dia da Vitória, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio, o ministro pontuou que a Primeira Guerra Mundial já havia deixado cicatrizes.
“Com ousadia, coragem e bravura, nossos marinheiros atuaram no Atlântico, defendendo o litoral, garantindo a navegação e escoltando comboios, enquanto nossos soldados e nossos aviadores lutaram nos campos e nos céus da Itália, integrando a Força Expedicionária Brasileira (FEB)”.
O general Paulo Sérgio lembrou as funções específicas de cada uma das forças, ressaltando que enquanto os marinheiros cuidavam do litoral, garantindo a navegação e escoltando comboios, soldados e aviadores lutaram nos campos e céus da Itália. “A vitória na guerra tem grande significado até hoje, pois representa a prevalência do mundo livre sobre o totalitarismo e o triunfo da democracia sobre a tirania”, observou.
Para o ministro, é justo afirmar que as Forças Armadas honraram a confiança que o povo brasileiro depositou nelas em toda a história do Brasil e, ainda, continuam na atualidade. “Portanto, cumpre às gerações do presente e às do futuro jamais esquecerem os feitos de nossos militares em prol de nossa gente, sabendo que manter a defesa nacional é, e sempre será, um dever de todos”, completou.
Na visão do general Paulo Sérgio, há um significado especial em celebrar o Dia da Vitória no ano do bicentenário da Independência do Brasil. “É exemplo cabal de que as Forças Armadas asseguram, permanentemente, a liberdade do Brasil e dos brasileiros, ao mesmo tempo em que garantem a escolha irrevogável pela independência, proclamada às margens do Ipiranga”, pontuou.
“Embasadas nas tradições, nos valores pátrios e na têmpera dos militares de ontem e de hoje, as Forças Armadas atuam com determinação na defesa do Brasil e contribuem para o desenvolvimento nacional, permanecendo como bastiões inarredáveis da garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e zelando para que a paz dos brasileiros e a harmonia da Nação sejam preservadas”.
Medalha
Na solenidade, 251 personalidades e instituições civis e militares receberam a Medalha da Vitória, que reconhece “relevantes serviços prestados e por sua contribuição para a difusão dos feitos dos ex-combatentes”.
Entre as personalidades contempladas, estão 39 ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e 212 civis e militares de diferentes funções e patentes, que prestaram serviços importantes, integraram missões de paz ou participaram de conflitos internacionais na defesa dos interesses brasileiros.
Já as instituições militares condecoradas são o Comando Militar do Nordeste, a Base Aérea de Canoas, a Corveta Barroso, o Gonfalão da Força Expedicionária Brasileira na Itália e o Gonfalão do 1º Grupo de Aviação de Caça na Itália.