Publicada em 21/05/2022 às 10h47
Em Rondônia a única das três vagas ao Senado mobiliza muito mais os dirigentes partidários, que a sucessão estadual e, mesmo as eleições à presidência da República. Vários nomes estão sendo apontados como prováveis candidatos e, o que chama muito a atenção é a disputa pelo apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é pré-candidato à reeleição, e tem como maior adversário o ex-presidente Lula da Silva, do PT, também pré-candidato ao cargo máximo da política brasileira.
A maior dificuldade para garantir o apoio do atual presidente da República, em Rondônia, que não sabemos se é negativo ou positivo, é sobre quem receberá “as bênçãos” da Família Bolsonaro, que estaria dividida no Estado, que é predominantemente bolsonaristas. Nas eleições de 2018, Bolsonaro, na época no PSL somou no primeiro turno 62,24% e Haddad, (PT), 20,36%. No segundo turno o resultado foi Bolsonaro 72,18% e Fernando Haddad, 27,82%.
Também em 2018 o empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, no PSL, foi um fenômeno eleitoral, pois sem nunca ter concorrido a cargo eletivo, não conseguiu a segunda vaga ao Senado, para Confúcio Moura (MDB), político expediente e com vários mandatos de deputados federal e de prefeito de Ariquemes, além de dois seguidos de governador, pela diferença de 12.384 votos. Para as eleições gerais de outubro próximo Bagattoli, que está filiado ao PL, portanto, continua sendo fiel a Bolsonaro reivindica a vaga para concorrer ao Senado.
Ocorre que na janela de migração partidária (3 de março a 1º de abril) último, quando deputados (federais e estaduais) puderam mudar de partido sem ter problemas com a fidelidade partidária a presidente regional do PSDB, Mariana Carvalho, deixou os tucanos e se filiou ao PRB, partido presidido em Rondônia pelo deputado Alex Redano, presidente da Assembleia Legislativa (Ale).
A cúpula nacional do PRB está fechada com o atual presidente para a campanha deste ano. Quem coordena a pré-campanha de Bolsonaro é o seu filho, senador Flávio Bolsonaro, que já esteve em mais de uma oportunidade, em Rondônia, e foi recebido pela família de Mariana, pré-candidata ao Senado.
O PL tem o empresário Bagattoli, que se intitula como pré-candidato ao Senado. Se diz amigo do presidente e tem plena convicção, que é o nome da cúpula bolsonaristas no Estado para formatar sua pré-candidatura a senador.
A interrogação é sobre quem será o candidato ao Senado em Rondônia, que terá sua pré-candidatura fechada com a “tropa de choque” de Bolsonaro? Bagattoli, do PL ou Mariana Carvalho, do Republicanos? Tudo indica que a segunda opção tem mais chances.
As convenções serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto (pouco mais de dois meses) e, até lá, teremos muito diz –que-me-diz sobre o grupo, que dará sustentação política, eleitoral e econômica para a pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição. O União Brasil do governador Marcos Rocha, ou o PL do senador Marcos Rogério? E ainda tem o PRB do presidente da Ale-RO, Alex Redano, hoje fechado com Rocha.