Publicada em 03/05/2022 às 14h39
O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a fazer um apelo ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para que a Rússia "esteja à altura de suas responsabilidades de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e coloque fim à devastadora agressão" contra a Ucrânia, informou o governo nesta terça-feira (3) após conversa entre líderes.
O debate durou cerca de 2h10 e foi o primeiro desde 29 de março.
Macron ainda voltou a demonstrar sua "profunda preocupação com a situação de Mariupol e do Donbass" e apelou para que Moscou "permita o andamento da evacuação da siderúrgica Azovstal iniciada nos últimos dias".
Ainda de acordo com a nota oficial, o presidente francês alertou sobre "a extrema gravidade das consequências da guerra de agressão conduzida pela Rússia contra a Ucrânia" e ofereceu "a sua disponibilidade a trabalhar com as organizações internacionais competentes para contribuir com a retirada do bloqueio russo às exportações alimentares ucranianas pelo Mar Negro com consequências sobre a segurança alimentar mundial".
Macron ainda reforçou que continua disponível para "operacionalizar as condições de uma solução negociada para permitir a paz e o pleno respeito à soberania e a integridade territorial da Ucrânia" e voltou a exigir um "cessar-fogo imediato".
O líder da França tenta intermediar, desde o início dos ataques russos em 24 de fevereiro, um acordo entre os dois lados. No entanto, até agora, nada foi conseguido nesse sentido de forma duradoura.
Pouco antes da divulgação do Eliseu, o Kremlin informou, por meio da agência Tass, alguns detalhes da conversa, destacando a acusação de Putin de que a Ucrânia não demonstra estar pronta para negociar de verdade. O líder russo ainda acusou a União Europeia de não ver "os crimes de guerra" cometidos por Kiev no Donbass.